Fernanda Schwyter: “o resultado esperado é o engajamento da sociedade em prol do financiamento dos estudos clínicos/acadêmicos, promovendo o melhor tratamento dos pacientes, especialmente do câncer”.
O Instituto Projeto Cura realiza a quarta edição do Cura Meetings, uma reunião com representantes de diferentes setores da saúde com objetivo de discutir e ampliar o acesso dos pacientes às pesquisas no Brasil. O evento acontecerá no dia 16 de junho, das 14h às 17h, em São Paulo, tendo como tema central “Ampliando o acesso da população às Pesquisas Clínicas”. Ele será realizado gratuitamente, no formato híbrido, ou seja, online e presencial para convidados.
Para ter acesso à transmissão, o público deverá fazer a sua inscrição através do link: https://www.sympla.com.br/evento-online/4-cura-meetings/1968395 e preencher o formulário. Após isso, os inscritos receberão as informações para acompanhar o evento, de onde estiverem.
Cura Meetings – O evento já faz parte do calendário de ações do Instituto Projeto Cura, tendo colocado na sua mesa de debates múltiplos atores relevantes e envolvidos no cenário, como comunidade médica, investigadores, associações de pacientes, indústria farmacêutica, poder público (Ministério da Saúde), comunidade médica, representantes de centros de pesquisa clínica e CROs. Ele conta com o apoio do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e do Instituto ÉTICA – Pesquisa e Ensino.
Segundo Fernanda Schwyter, Presidente do Instituto Projeto Cura, “O Cura Meetings faz parte das ações de mobilização de maneira direta ou indireta para apoio à causa que o Instituto trabalha diariamente. O resultado esperado é o engajamento da sociedade em prol do financiamento dos estudos clínicos/acadêmicos promovendo o melhor tratamento dos pacientes, especialmente do câncer”.
Pesquisas Clínicas Oncológicas – Conforme “Estimativa 2023 sobre a Incidência de Câncer no Brasil”, divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), a expectativa é que ocorrerão 704 mil casos novos de câncer no Brasil por ano do triênio de 2023 a 2025. Mediante este cenário, as pesquisas científicas se fazem não só necessárias como urgentes. Porém, para se ter ideia, apenas 2,3% dos estudos mundiais são desenvolvidos no Brasil, e o tempo médio para aprovação de estudos clínicos no país é de 215 dias, muito superior a países como Argentina (113 dias), México (86 dias) e Estados Unidos (apenas 32 dias). São encontradas ainda barreiras para a instituição destas pesquisas no Brasil, principalmente no tocante a restrições burocráticas, múltiplas instâncias de aprovação governamental, imprevisibilidade do cronograma de aprovação do estudo, fontes de financiamento restritas, falta de interesse público e conscientização dos pacientes. Sendo assim, para que novos medicamentos e aperfeiçoamento de protocolos para diagnósticos, exames e tratamento de câncer possam estar disponíveis no mercado para a população, são necessárias várias etapas até a obtenção dos registros destes produtos ou procedimentos. O registro só é possível após as várias fases de comprovação de eficácia e segurança do medicamento ou procedimento. Esta comprovação se dá em ensaios de pesquisa, desde a pesquisa básica até a pesquisa clínica, envolvendo seres humanos.