Gestação Segura: a importância da orientação para as mulheres
Programa trata de diferentes temas, desde troca de fraldas a primeiros socorros.
Foto: Divulgação
Com três filhas, a operadora de máquinas Mônica Pereira é categórica ao afirmar que cada gestação é única. A da primeira filha, Maria Vitória, que hoje está com 22 anos, foi tranquila. Já na gravidez da Melissa, de seis anos, ela sofreu com depressão, e a da caçula Isis, de três meses, foi “feliz e leve, com orgulho da barriga que ia aumentando mês a mês”, como ela mesma diz. “Eu só fui entender o que sentia na minha segunda gravidez, depois que participei do programa Gestação Segura quando estava grávida já da terceira filha”, conta a operadora.
A iniciativa é oferecida pela indústria Prati-Donaduzzi, de Toledo/PR, onde Mônica trabalha. “Em 2017, na segunda gravidez, eu sentia tanta dificuldade em expressar o que sentia que optei por não participar do programa. Achei que já sabia o que precisava, porque já era mãe. Quando veio o diagnóstico de autismo da Melissa, foi um susto. Vi que eu ainda tinha muito a aprender”, relembra.
“Já quando me vi grávida da Isis, decidi fazer tudo diferente do que tinha feito na gestação anterior. Por isso, fui participar do projeto e descobri muitas coisas sobre mim, mudanças e alterações que eu estava passando como mulher, enquanto gerava essa nova vida, e, também, coisas que são úteis nos cuidados com ela hoje. O programa vai muito além de ensinar a trocar fraldas. Hoje, lamento não ter participado também em 2017”, complementa Mônica.
Duas décadas e muitas histórias – O projeto Gestação Segura é realizado há 19 anos e ofertado às colaboradoras grávidas e esposas de colaboradores. Ele já atendeu mais de três mil mulheres nesse período. O curso tem 46 horas de duração e aborda 24 temáticas diferentes, desde como trocar fralda até como proceder quando a criança se engasga.
A supervisora de responsabilidade social da empresa, Maria Rita Pozzebon, conta que são realizadas duas turmas por ano, e o primeiro tema tratado é sobre as oscilações de humor, inseguranças e dúvidas vividas neste período. “O número de colaboradoras sempre foi expressivo.
O programa surgiu da necessidade de orientar essas mulheres no período da gestação. “Além delas, em alguns momentos, chamamos os pais, avós. A ideia é levar conhecimento para que eles entendam melhor como é a chegada do bebê e como melhorar a qualidade de vida das gestantes em casa e no trabalho”, observa, explicando que, com auxílio de profissionais, as famílias recebem dicas e orientações sobre atividade física na gravidez, cuidados na amamentação, banho, quando e como usar medicamentos durante a gestação e puerpério, saúde bucal, primeiros socorros ao bebê e a importância do acompanhamento médico durante o pré-natal.
Histórias impactantes nesse período do programa Gestação Segura não faltam. Maria Rita lembra de uma ex-colaboradora que contou que o filho se engasgou mamando. Graças à aula de primeiros socorros, ela conseguiu ligar para o Corpo de Bombeiros e enquanto eles falavam ao telefone, manteve a calma e conseguiu relembrar os movimentos que tinha aprendido no programa. “Desde a primeira edição, a gente recebe feedbacks que nos mostram a importância desse cuidado. A cada edição, procuramos melhorar mais, para que essas famílias se sintam mais seguras em receber o bebê”, finaliza a supervisora.