Embora os casos de Aids tenham diminuído no Brasil, os números ainda são preocupantes. Nesse sentido, é da maior importância que as pessoas pensem em prevenção. A impressão que se tem é que o êxito no tratamento da doença provocou um esquecimento da população sobre o poder letal da infecção pelo HIV.
Dados do Ministério da Saúde, divulgados pela Agência Brasil no dia 27 de novembro, revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil – um registro anual de 40 mil novos casos. Em 2012, a taxa de detecção da doença era de 21,7 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2017, o índice foi de 18,3 casos.
A Agência Brasil informa ainda que houve redução significativa da transmissão vertical do HIV – quando o bebê é infectado durante a gestação, entre 2007 e 2017. A taxa caiu 43%, passando de 3,5 para 2 casos para cada 100 mil.
A maior preocupação é justamente a faixa etária das pessoas infectadas pelo vírus HIV. Os dados mostram ainda que 73% das novas infecções por HIV no Brasil acontecem entre pessoas do sexo masculino, sendo que 70% dos casos são registrados entre homens que estão entre 15 e 39 anos de idade. Um aspecto é que os mais jovens, principais vítimas da doença, não recebem informações adequadas das instituições onde estudam e muito menos da família. Temos que temer e reagir a uma onda conservadora que caminha pelo país. Não há dúvida, que quanto mais informação, menos infecção pelo vírus.
Para aqueles que viveram nos anos 80, devem lembrar-se das notícias da época. Muitas pessoas comuns e muitas conhecidas morreram devido às doenças oportunistas causadas pelo vírus HIV. Tempos difíceis, de muito medo, de insegurança, quando ainda não existiam os avanços no tratamento.
Para o jovem que se descobre portador do HIV e os mais velhos não precisam achar que é o fim do mundo. O primeiro caminho é procurar um médico de sua confiança e uma ONGs da área para obter mais informações e conhecer as possibilidades de tratamento. O contato com grupos experientes, em um ambiente de solidariedade, é rico para a percepção dos caminhos a seguir.
A prevenção é fundamental.
Assim pega:
- Sexo vaginal sem camisinha
- Sexo anal sem camisinha
- Sexo oral sem camisinha
- Uso de seringa por mais de uma pessoa
- Transfusão de sangue contaminado
- Da mãe infectada para o filho durante a gravidez, no parto e na amamentação
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados
Assim não pega:
- Sexo com o uso correto da camisinha
- Masturbação a dois
- Beijo no rosto ou na boca
- Suor e lágrima
- Picada de inseto
- Aperto de mão ou abraço
- Uso compartilhado de sabonete, toalha ou lençóis
- Uso compartilhado de talheres e copos
- Assento de ônibus
- Piscina
- Banheiro
- Doação de sangue
- Pelo ar
Luiz Francisco Corrêa / Editor do Portal Medicina e Saúde