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Além do câncer de próstata, homens também podem ter câncer de pênis

O oncologista Alexandre Fonseca, coordenador da Oncologia da Oncomed BH e Instituto Orizonti: “o sinal de alerta mais frequente é o aparecimento de ferida persistente”

O Novembro Azul é uma campanha voltada para a conscientização sobre o câncer de próstata mas a oportunidade é propícia para falar sobre a saúde do homem, “inclusive sobre um outro tumor mais raro na população masculina, mas que nem por isso pode ser esquecido: o câncer de pênis”, alerta o coordenador da Oncologia da Oncomed BH e Instituto Orizonti, Alexandre Fonseca.

De acordo com o oncologista, a doença, apesar de poder acometer homens mais jovens, tipicamente aparece em adultos mais velhos, acima de 50 anos. Segundo os dados pesquisados pelo médico, o câncer de pênis é uma doença rara em países desenvolvidos e industrializados, sendo responsável por menos de 1% dos casos de câncer em homens. Entretanto, em países com menor grau de desenvolvimento socioeconômico, a doença é muito mais frequente, como, por exemplo, na África, Ásia e América do Sul. Em alguns locais específicos pode ser responsável por até 10% dos tumores malignos em homens. No Brasil esse câncer corresponde a cerca de 2% dos tumores que atingem a população masculina, e é mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.

O oncologista Alexandre Fonseca explica que existem vários fatores de risco para o desenvolvimento da doença. “Primeiramente a má higiene íntima aumenta o risco, por isso a importância de limpeza e manutenção da higiene local do pênis. A presença de verrugas no pênis, além da presença de fimose, também são fatores de risco. A circuncisão (remoção cirúrgica da pele que recobre a glande) parece ser um fator protetor. Além disso, a infecção pelo vírus do HPV (vírus do papiloma humano), uma doença sexualmente transmissível, predispõe ao aparecimento deste tipo de câncer. A prática de sexo seguro com preservativo e a vacinação são também medidas importantes para minimizar este risco. Por último, o tabagismo, considerado fator de risco para a doença”.

O sinal de alerta mais frequente é o aparecimento de ferida persistente. Conforme Alexandre Fonseca informa, ao observar tal situação, o homem deve procurar um especialista, no caso, um urologista, para investigação. Em fases um pouco mais avançadas podem aparecer gânglios aumentados na região da virilha (inguinal) ou manifestações de tumores em outros sítios.

Segundo o especialista, o tratamento é muito individualizado e deve acontecer de maneira multidisciplinar, envolvendo o urologista e, muitas vezes, o radio oncologista e o oncologista clínico. O procedimento é cirúrgico, mas pode ser necessária a retirada de gânglios da região da virilha. A radioterapia e a quimioterapia podem ser indicadas. Daí, a importância da avaliação do médico especialista para definir a melhor conduta.

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