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No inverno a ocorrência de doenças já é conhecida, principalmente quando se fala de doenças respiratórias. Mas para além delas, as doenças cardiovasculares também são motivo para preocupação de médicos. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, os casos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) podem aumentar em até 30%, especialmente em temperaturas abaixo de 14ºC, e os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em até 20%. Pessoas entre 75 e 84 anos e aquelas com doenças do coração estão entre os públicos mais vulneráveis. Segundo o cardiologista do Hospital Edmundo Vasconcelos/São Paulo/SP, Lucas Velloso Dutra, isso acontece porque o organismo busca a necessidade de regular a sua temperatura corporal, a chamada termoregulação. “Ao encarar uma baixa temperatura, o corpo realiza a vasoconstrição, ou seja, a constrição dos vasos sanguíneos, em que basicamente ocorre a diminuição do calibre e os vasos se tornam menores. Isso faz com que a pressão arterial aumente para evitar a perda de calor do corpo, o que faz com que o risco de infartos aumente”.
Uma dica importante, orienta o médico, é evitar as mudanças bruscas de uma temperatura quente para uma temperatura fria e estar bem agasalhado. Além dos hipertensos, quem possui diabetes também deve redobrar os cuidados. “É importante também manter o uso adequado das medicações, manter uma boa hidratação, ter cuidados com a alimentação e evitar o excesso de sal e as baixas temperaturas”. Importante também manter os cuidados ao longo de todo o ano, com a adoção de uma boa alimentação, prática de exercícios físicos e evitar o tabagismo. Por fim, deve-se manter as consultas constantes ao cardiologista, com a realização de exames de rotina e acompanhamento médico, especialmente para os grupos considerados de risco.