Alimentos processados, os vilões da nossa dieta

Foto: Freepik

Um estudo feito em parceria entre a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Universidade de São Paulo (USP) e Universidad de Santiago de Chile avaliou os impactos sobre a saúde dos alimentos ultraprocessados – que são os produtos que passaram por maior processamento industrial e contêm substâncias sintetizadas em laboratório como os corantes, conservantes e aromatizantes – e apontou que eles foram responsáveis pela morte de 57 mil pessoas no Brasil, com base em dados de 2019, os mais recentes disponíveis sobre o tema.

De acordo com o Ministério da Saúde, as Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNTs), que são permanentes, geralmente irreversíveis e necessitam de um longo período de acompanhamento e reabilitação, estão diretamente ligadas aos ultraprocessados. Essas doenças, como câncer, problemas cardíacos, respiratórios e renais e hipertensão, foram incluídas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na lista das 10 principais causas de morte no mundo. O assunto vem ganhando maior atenção com o Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro.

De acordo com a nutricionista Giovana Tassinari, de Goiânia/GO, é preciso ter cuidado com os alimentos ultraprocessados, pois eles geralmente contêm altas quantidades de calorias vazias. “Isso significa que eles podem levar a deficiências nutricionais se forem consumidos em excesso. Além disso, a maioria são ricos em açúcares adicionados, gorduras saturadas e trans, que estão associados a uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e aumento do risco de câncer”.

Para evitar essas doenças, a especialista ressalta que o ideal é manter um padrão alimentar com alimentos de origem mais natural possível. “Eu costumo dizer que é a ‘comida de verdade’, na sua forma integral, sem nenhum tipo de alteração. Temos os alimentos provenientes da terra (plantações), como hortaliças, frutas, legumes, grãos, tubérculos e aqueles derivados de animais (carnes brancas e vermelhas, leite). Podemos considerar também os que sofreram um processamento mínimo como manteiga, creme de leite, polpa de frutas congelada, ou até mesmo o arroz e o feijão, que vem na sua forma integral, porém embalados, ou sejam, minimamente processados”, observa.

Descasque mais e desembale menos – “Você já deve ter ouvido essa máxima de algum profissional e essa é uma regra muito importante. É a base para pensarmos em uma alimentação saudável, não só em termos de emagrecimento, mas, também, para quem busca saúde e vitalidade”, ressalta Giovana Tassinari, que cita algumas estratégias para se comer melhor no dia a dia:

“Mudanças de hábitos levam tempo. Portanto, seja paciente consigo mesmo e celebre cada pequena conquista ao longo do caminho”, salienta a nutricionista, acrescentando algumas dicas para manter uma alimentação saudável no cotidiano, mesmo com a correria da rotina diária:

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