Dr. André Evaristo Marcondes: “trata-se de um procedimento minimamente invasivo, por isso expõe menos o paciente aos riscos inerentes do processo cirúrgico e reflete também em uma recuperação mais rápida”
A artroplastia de disco é o nome do processo cirúrgico para a substituição de uma articulação doente por uma artificial, também conhecida como prótese de disco. O objetivo do procedimento é devolver à estrutura afetada sua funcionalidade original, ou seja, sem perda de mobilidade e retorno às atividades do cotidiano.
Segundo o ortopedista André Evaristo Marcondes, especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo/SP, “os discos intervertebrais têm a função de absorver os impactos gerados por movimentos e posturas a fim de minimizar danos à coluna, que é composta por vértebras e discos entre elas”. Tal função, no entanto, causa prejuízos a essa estrutura ao longo do tempo, como, degeneração discal, hérnias de maior gravidade, protrusão e espondilose, destaca, ao explicar que na especialidade de ortopedia da coluna, a artroplastia é a troca do disco intervertebral, que pode ser realizada tanto na área cervical (região do pescoço), quanto na lombar (região do abdômen).
Uma das vantagens da artroplastia é colaborar com o pós-operatório do paciente. Em uma pesquisa publicada na Revista da Coluna, da Sociedade Brasileira de Coluna – SBC, foram analisados três tratamentos para degeneração dos discos cervicais em 24 pacientes e revelou que o processo é a opção que mais colabora com a qualidade de vida dessas pessoas. Na ocasião, foram observados parâmetros de limitação do aspecto físico, estado geral da saúde, vitalidade, limitação do aspecto emocional, saúde mental e aspectos sociais. “Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, por isso expõe menos o paciente aos riscos inerentes do processo cirúrgico e reflete também em uma recuperação mais rápida”, comenta o cirurgião de coluna.
Diagnóstico precoce evita complicações – As patologias que acometem os discos podem causar compressão de nervos e prejudicar movimentos de braços e pernas, além de uma série de desordens como, dores de cabeça, fraqueza muscular, perda de sensibilidade nos membros superiores e inferiores, incontinência urinária e intestinal, entre outros.
Conforme o Dr. André Evaristo observa ainda, o diagnóstico precoce evita que a doença evolua até chegar aos pontos incapacitantes. Por isso, é importante procurar ajuda médica ao sentir dor na coluna. “A adoção de hábitos saudáveis com exercícios físicos, pode colaborar com a prevenção de doenças da coluna, bem como para sua restauração. Mas se houver a necessidade de tratamento, o médico especialista vai indicar a opção mais adequada ao paciente, de acordo com cada caso”.