Dr. Moisés Cohen: “a artrose é um desgaste da articulação e traz dor e diminução na qualidade de vida”
A artrose é a doença mais prevalente na população mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, 60% já apresentam algum grau de degeneração; e quando analisamos a faixa etária dos 70 aos 75 anos, essa taxa sobe para 80%. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, são 30 milhões de pessoas que sofrem desta enfermidade.
Considerado um quadro de saúde degenerativo e irreversível, a artrose, especialmente quando acomete grandes articulações como as do joelho, dão sinais claros aos pacientes que precisam buscar auxílio da orientação médica, seja para tratamentos que amenizem os sintomas, ou outros, ainda, que apresentam uma saída efetiva para cura da doença. Em casos de artrose severa, por exemplo, as cirurgias de substituição da articulação do joelho por próteses ortopédicas, mostram-se as mais eficazes para dar um fim à dor e demais condições debilitantes a essas pessoas.
Mas quais seriam estes sinais, apresentados pelas articulações do joelho, que indicam o momento correto de procurar ajuda profissional? Afinal, somente um médico especialista seria capaz de realizar o diagnóstico correto e apontar as alternativas viáveis a esses pacientes, avaliando seu estado geral de saúde e as respostas positivas de cada organismo para as soluções e tratamentos disponíveis.
Conforme explica o ortopedista Moisés Cohen, de São Paulo/SP, “a artrose é um desgaste da articulação e traz dor e diminuição na qualidade de vida. Ou seja, quando os sintomas de artrose do joelho diminuem a qualidade de vida para as atividades diárias e interferem na motivação é porque chegou a hora de fazer a prótese, hoje extremamente facilitada pelo emprego da robótica”.
Ele conta que um dos principais e talvez mais incômodos sintomas apresentados por pacientes que sofrem de artrose no joelho, são as dores. Elas podem começar aos poucos, de forma leve, sem frequência diária, até que chegam ao ponto de recorrência persistente, tornando se praticamente insuportáveis, ainda que a articulação esteja em repouso. Desde os primeiros indícios, é recomendado o acompanhamento médico para que algumas medidas ajudem a postergar a necessidade da artroplastia.
Com o passar do tempo, acrescenta, além das dores, a artrose provoca rigidez nas articulações. Tal condição, restringe a autonomia e influencia diretamente na qualidade de vida do paciente, que passa a ser incapaz de realizar até mesmo as atividades corriqueiras do dia a dia. Conversar com seu médico pode ajudar a encontrar alternativas que amenizem a situação. Em casos severos, a artroplastia de joelho pode ser indicada, desde que o estado geral de saúde permita o procedimento.
Lesões antigas – O que na juventude parecia ser apenas um contratempo, lesões antigas podem voltar a dar sinais de comprometimento da articulação. A depender do tipo de lesão e procedimentos realizados para curá-la, o acompanhamento de rotina é imprescindível.
De acordo com o Dr. Moisés Cohen, hábitos de vida como, a prática correta de exercícios, alimentação balanceada, controle de peso, entre outros, são fatores preditivos para evitar o surgimento e evolução da artrose. Entretanto, há de se considerar a questão genética. Havendo casos de artrite e artrose na família, é essencial buscar orientação e acompanhamento médico, antes mesmo de surgirem os primeiros sintomas.
Tratamentos paliativos – Pacientes já diagnosticados com a artrose são direcionados, na maioria dos casos, a tratamento paliativos que ajudem a amenizar e postergar a evolução da doença. Fisioterapias, uso de anti-inflamatórios, analgésicos, pomadas e infiltrações são alguns deles. Entretanto, quando a artrose atinge níveis severos, a melhor alternativa a esses pacientes pode ser a cirurgia de substituição do joelho. O médico especialista será o grande responsável por indicar esse procedimento, a partir de um acompanhamento prévio e diversos exames que ajudem a chegar a tal diagnóstico, concluí o ortopedista Cohen.