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O ataque cardíaco, também conhecido como infarto do miocárdio, é uma condição séria que ocorre quando o fluxo de sangue oxigenado para uma parte do coração é bloqueado. Este impedimento é geralmente causado por um acúmulo de gordura, colesterol e outras substâncias nas artérias coronárias, formando placas que podem romper e formar coágulos. A obstrução bloqueia o fluxo de sangue, causando a morte do tecido do coração. Sem tratamento rápido, isso pode causar danos permanentes ao coração ou até mesmo levar à morte.
De acordo com o Dr. Carlos Alberto Pastore, diretor médico da Unidade Clínica de Eletrocardiografia do InCor, Instituto do Coração HCFMUSP, a estimativa é que até 2040 haverá aumento de até 250% desses eventos no país. Nesse sentido, reconhecer os sintomas de um ataque cardíaco é fundamental para buscar ajuda médica imediata e prevenir maiores complicações.
O mais característico é uma dor intensa no centro do peito, descrita como uma sensação de aperto ou pressão. Esta dor pode irradiar para o braço esquerdo, costas, pescoço, mandíbula ou estômago e é, frequentemente, acompanhada de suor frio, náusea e palidez.
A dor do infarto é descrita como uma sensação de aperto ou pressão intensa no peito, que pode irradiar para outras partes do corpo, como braços, costas, pescoço e mandíbula. O especialista esclarece também que outros sintomas são comuns e indicam sinais de infarto:
- Dormência ou formigamento no braço esquerdo
- Dor estomacal sem relação com alimentação
- Dor nas costas
- Tosse seca
- Mal-estar
- Falta de ar ou respiração ofegante
- Enjoo
- Fadiga e sonolência
- Tontura, desmaio ou vertigem
- Palpitações
- Dificuldade para dormir
- Sensação de ansiedade
Em idosos, os sintomas podem ser menos intensos devido à circulação colateral que é maior e protege o músculo cardíaco e é desenvolvida ao longo dos anos, uma vez que uma rede de vasos se forma para compensar as veias obstruídas por placas de gorduras (aterosclerose) garantindo que o sangue chegue ao coração, reduzindo, assim, o risco de morte após infarto.
Nas mulheres, os sinais podem ser mais sutis, como queimação, agulhadas no peito e falta de ar sem dor. Nos jovens, apesar dos sintomas serem semelhantes aos dos adultos, há um risco maior de infarto fulminante, que pode ser fatal.
Os principais fatores de risco podem afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em indivíduos com mais de 45 anos, especialmente aqueles com excesso de peso e fumante, assim como hipertensos, sedentários, alcoólatras, usuários de drogas e com histórico familiar de doenças cardiovasculares.
O frio do inverno também é um fator muito importante para aumentar significativamente os riscos de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). A cada queda de 5°C na temperatura, o risco de morte por doenças cardíacas sobe cerca de 5%, um perigo que pode durar semanas. Estudo global, incluindo o Brasil, revela que o frio eleva em 33% o risco de infarto, 32% para AVC e 37% para insuficiência cardíaca. Para se proteger, é vital manter uma alimentação saudável e realizar atividades físicas com cautela. Embora as baixas temperaturas tragam consigo o prazer do clima mais ameno, é vital adotar medidas preventivas para proteger o coração e garantir um inverno saudável.
Segundo o Dr. Pastore, a prevenção é a melhor forma de combate ao infarto. “Adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, além de realizar check-ups periódicos com um especialista, são medidas essenciais para reduzir os riscos”.