O cirurgião-dentista Ronaldo Rettore Júnior: “a sedação é utilizada para atender os casos mais complexos e demorados”
A Odontologia tem passado por grandes transformações ao longo dos séculos. Uma delas é o atendimento odontológico com sedação. Mas para chegar a esse ponto, houve um longo caminho de pesquisas e avanços científicos. Pode-se dizer que a história moderna da Odontologia começou no ano 1.700, quando surgiram novos instrumentos que facilitaram a extração dos dentes. Até então, eram usados os “boticões” que, desprovidos de garras anatômicas, provocavam frequentemente fraturas nas coroas dentárias. Na época, os tratamentos eram feitos sem anestesia, a exemplo da Medicina, que somente por volta de 1831 passou a usar o clorofórmio em seus procedimentos cirúrgicos. E na década de 1840, o grande salto: a descoberta da anestesia com éter, utilizada, primeiramente, pelo médico escocês Sir James Simpson de Edimburgo, e, depois, usada largamente na medicina a partir de 1853, e, a reboque, na Odontologia.
Entretanto, da sua descoberta até os dias de hoje, muito tempo se passou para ela ser usada como acontece atualmente. Na Odontologia, por exemplo, o uso da anestesia depende do local e da extensão em que o especialista pretende realizar o tratamento”, informa o cirurgião-dentista Ronaldo Rettore júnior, Mestre e Doutor em Odontologia Clínica e Cirúrgica, ao explicar que há cerca de 10 anos os profissionais da área têm utilizado a sedação para atender os casos mais complexos e demorados, e, posteriormente, para atender pacientes com fobias”
Segundo ele, as situações mais comuns são os procedimentos cirúrgicos complexos, de longa duração, ou quando o paciente tem algum medo do desconhecido, principalmente em casos cirúrgicos, bem como para atender pacientes com necessidades especiais (sindrômicos ou com paralisia cerebral), além daqueles com medo da cadeira de dentista. Evidentemente, também, para o conforto do paciente”, salienta.
O cirurgião dentista explica que há três tipos de sedação: oral, inalatória e venosa. “Nós utilizamos a sedação venosa, pois essa é realizada por médico anestesista devidamente habilitado e capacitado para executar o procedimento com total segurança para o nosso paciente. A sedação inicia-se antes do procedimento odontológico e finaliza-se após o seu término. Portanto, a sua duração está vinculada ao tempo do procedimento a ser executado”, destaca.
Dr.Rettore, que é autor dos livros “Emergência Odontológicas” e “Casos Clínicos em Odontologia”, observa que o cirurgião-dentista, para realizar o procedimento, necessita de ter um espaço físico adequado e os equipamentos para que o médico possa utilizar durante a monitorização do paciente, tais como monitor cardíaco, oxímetro, balão de oxigênio, entre outros.
Segundo ele, esse atendimento tem sido feito em mulheres, homens, idosos e, inclusive, em crianças. Nos adolescentes, especificamente, para a remoção do dente siso. Em crianças, para pequenas cirurgias bucais.
Sobre os benefícios, “os principais são segurança, conforto, rapidez (pois o profissional não é interrompido durante o procedimento) e a qualidade nos resultados”, aponta Rettore.
Com relação aos riscos, afirma, “sendo realizados os exames pré-operatórios e tendo a liberação do cardiologista responsável, eles são os mesmos para qualquer tipo de procedimento. Todos os pacientes até agora atendidos dessa forma me falam depois que nunca mais farão qualquer tratamento odontológico acordados”, finaliza.
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