Brainlab Curve Image Guided Surgery, Zeiss Kinevo 900 e tomógrafo intraoperatório Airo são auxiliam cirurgiões em procedimentos altamente precisos, pela primeira vez em conjunto, na América Latina. Imagem-crédito: Crédito Zeiss
Inteligência artificial, realidade aumentada, robótica, cirurgia guiada por neuronavegação, exames em tempo real. Todas ferramentas de última geração, muitas vezes mostradas em filmes e seriados de ficção, já fazem parte da rotina de médicos e pacientes no Pilar Hospital, em Curitiba (PR).
Desde o final de 2020, o hospital curitibano vem investindo fortemente na aquisição de diversos recursos tecnológicos, cada vez mais modernos, para salvar vidas e restabelecer a saúde dos pacientes. Essas novidades ampliaram as possibilidades no tratamento de doenças e cirurgias altamente complexas, colocando o hospital na lista da revista norte-americana Newsweek como o melhor e mais completo centro de saúde da capital paranaense.
Cirurgias inovadoras, desde então, vêm sendo feitas no Pilar, desde procedimentos cardíacos, oncológicos, cirurgia geral, até neurocirurgias minuciosamente precisas, possíveis graças apenas ao uso desses equipamentos adquiridos pelo instituição, como é o caso do sistema de navegação Brainlab Curve, conectado com o microscópio Zeiss Kinevo 900.
“É o mais moderno sistema de neuronavegação existente que, conectado ao microscópio Zeiss Kinevo 900, por uma interface robótica, gera uma ampla e complexa capacidade de visualização da região operatória. O sistema de navegação, com auxílio de poderosos softwares de inteligência artificial, reconhece e individualiza automaticamente as diversas estruturas cerebrais, a partir de exames de ressonância magnética, permitindo, inclusive, a reconstrução tridimensional do conectoma cerebral, isto é, o sistema de fibras que forma os circuitos cerebrais”, explica o neurocirurgião Dr. Luiz Roberto Aguiar, ao destacar que o apoio desta tecnologia começa antes mesmo da cirurgia.
Conforme explica seu colega, o neurocirurgião Dr. Leo Ditzel Filho, “no pré-operatório, numa Estação de Planejamento, instalada nas dependências do hospital, o cirurgião faz uma simulação tridimensional do procedimento, estabelece alvos e trajetórias e identifica todas as dificuldades que poderão surgir. “Durante a cirurgia, estas imagens, obtidas do planejamento, são enviadas pelo neuronavegador Brainlab para o Sistema de Visualização Robótica KINEVO 900 da Zeiss, e, mediante injeção de imagem, o cirurgião recebe, em sua retina, a visão multidimensional do campo operatório, com imagens holográficas tridimensionais que mostram não só a localização precisa da lesão, mas toda a estrutura cerebral adjacente”.
Diferente dos demais microscópios convencionais utilizados no país, o KINEVO 900 possui tecnologia que permite ao cirurgião realizar procedimentos com o auxílio de um sistema de vídeo, projetando as imagens em um monitor 3D, de 55″, com definição 4K, sem a necessidade do uso da binocular. A precisão deste conjunto de equipamentos é tão grande que é possível fazer uma neurocirurgia complexa de forma minimamente invasiva.
O microscópio atua em parceria com o recém-adquirido equipamento pelo hospital – o neuronavegador Curve da Brainlab, otimiza a navegação com planejamento pré-operatório e visualização cirúrgica. Com dois monitores de 27 polegadas, os cirurgiões são guiados por imagens de diferentes ângulos, o que torna o procedimento ainda mais preciso.
Para completar esse amplo acervo tecnológico, o Pilar recebeu, no primeiro trimestre deste ano, o primeiro tomógrafo intraoperatório de alta resolução Airo do Brasil, de procedência americana, da marca Mobius, projetado para funcionar de forma harmonizada com o sistema Curve da Brainlab.
“Totalmente integrado a uma moderna mesa cirúrgica de fibra de Carbono, o Airo adquire imagens durante a cirurgia, que são automaticamente transferidas para o neuronavegador, oferecendo uma correlação entre as imagens obtidas e a realidade do paciente, resultando num processo extremamente rápido e preciso de registro para a navegação. Permite ainda que estruturas anatômicas ósseas ou nervosas sejam reconhecidas pelo cirurgião, mesmo quando não visíveis na superfície do corpo (antes da realização da incisão de pele). Um sofisticado sistema computadorizado de processamento de imagens cria um ambiente virtual (realidade aumentada), que projeta todas as estruturas e lesões a serem tratadas no espaço visual do cirurgião, com absoluta precisão”, ressalta o Dr. Luiz Roberto Aguiar.