Belo Horizonte será palco de um dos maiores eventos de cirurgia do país

Dra. Beatriz Deoti, presidente do Cirurgia 2024: “Entre 01º e 03 de maio, a cidade receberá expoentes nacionais e internacionais para debater cirurgias, feridas e interfaces”

O Cirurgia 2024, marcado para 1º a 03 de maio, em Belo Horizonte, no centro de convenções da Associação Médica de Minas Gerais, será palco de debates sobre temas relacionados a cirurgias, feridas e interfaces, tema central do evento, com importantes atualizações na área. O congresso trará em todos os seus eventos a memória viva do dr. Alcino Lázaro da Silva, idealizador desse encontro, que se foi em 2022, mas deixou sua marca científica e humanista na área.

A presidente do congresso, Dra. Beatriz Deoti, explica que a escolha do tema está relacionada com o rumo das condutas nas doenças prevalentes de tratamento cirúrgico, associado com a interdisciplinaridade em diversas especialidades.  Os debates versarão sobre saúde e direito, ética e ensino na área médica.

Verificando o temário do evento, com a participação de renomados conferencistas de Minas Gerais e do país, a Dra. Deoti informa que as doenças cirúrgicas prevalentes são, principalmente, do trauma, abdome agudo, hepatobiliopancreáticas, oncológicas, queimados, coloproctogia, entre outros. Somam se 15 tipos de grupos dedoenças, todos temas de discussões no evento.

As cirurgias que mais geram feridas são as relacionadas a doenças cardiovasculares e ao diabetes melitus. As mais comuns são do pé diabético, lesão por pressão e queimaduras. “A cicatrização de feridas crônicas é longa, pois envolve mudança de hábitos e controle da doença de base”, afirma a presidente do Cirurgia 2024.

Tratamento – Perguntada sobre o tratamento das feridas pós cirúrgicas, a médica explica que a maioria é suturada e se restringe aos cuidados locais com água e sabonete neutro e curativo, se tiver alguma secreção. “Já as feridas por doença crônica demandam cuidados interdisciplinares e curativos”, destaca.

Outro aspecto ressaltado é que o material utilizado influencia na rapidez da cicatrização. “Eles fazem o controle da microflora local, da umidade e da hidratação do tecido, além de estimularem a formação de tecido novo”, observa.

Sobre a ferida se abrir depois da cicatrização, “é possível sim, pois, em alguns casos da evolução de doença crônica, a ferida pode evoluir para sequela, infelizmente, sem chance de recuperação. Há, inclusive, feridas que não se cicatrizam. Nesses casos, ressalta, a cirurgia plástica entra com operações reconstrutoras que reabitam e cobrem o local, destacando que   os casos de feridas decorrentes de cirurgias estão diminuindo em decorrência das novas técnicas operatórias minimamente invasivas, cujas incisões são bem menores.

Pacientes diabéticos – No caso de doença crônica como o diabetes, o paciente tem que fazer controle clínico periodicamente, assim evita a formação de feridas.

Como forma de prevenção, é importante o uso regular das medicações prescritas, educação alimentar, hábitos de vida saudáveis e consultas periódicas”.

Avanços no tratamento – São vários os avanços no tratamento das feridas e cada vez mais os materiais estão sendo aprimorados. Entre esses avanços, a Dra. Deoti cita a matriz dérmica, camada mais profunda da pele, a derme, que pode ser substituída por uma espécie de tecido feito basicamente de colágeno animal, em geral bovino e porcino. Também é acelular (não contém estrutura celular), o que não causa sua rejeição.

Serviço:

Evento: Congresso Cirurgia 2024 | Tema central: Cirurgias, feridas e interfaces

Data: 1º a 03 de maio

Local: Centro de convenções da Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte/MG

Inscrições e informações: fupec.org.br e clique em Congresso 2024

Podem participar: Cirurgiões, residentes, médicos em geral, enfermeiros e alunos da área e afins.

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