Cerveja: a bebida faz mal para a saúde? Mitos e verdades
Brasil encontra-se em terceiro lugar no ranking mundial de consumo
Imagem: Divulgação-Freepik
Independente da época do ano, juntar amigos e familiares para beber uma cervejinha é um dos programas preferidos dos brasileiros. Segundo informações divulgadas pelo Relatório Global de Consumo de Cerveja da Kirin Holdings em 2022, o Brasil é o terceiro maior país do mundo com adeptos à bebida, ficando atrás apenas da China e Estados Unidos. Apesar dos seus inúmeros defensores, o produto ainda é visto como um vilão do ponto de vista da saúde.
Para Fernanda Lopes, nutricionista do Emagrecentro/São Paulo/SP, em várias cidades do país, a relação entre cerveja e saúde não é tão determinante, dependendo muito do padrão de consumo de cada pessoa. “Ainda que não esteja em um consenso científico absoluto, hoje há estudos que indicam que o consumo moderado da bebida, associado a uma dieta equilibrada pode até trazer benefícios, como o aumento da densidade óssea em pessoas idosas e uma redução no risco de doenças cardíacas. Na prática, podemos atribuir a essas estatísticas as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias presentes no produto, o que resulta em um impacto positivo no colesterol HDL e vitaminas do complexo B. Por outro lado, o excesso do líquido pode acarretar em questões como dependência alcoólica, doenças hepáticas e pancreatite”, diz.
Pensando no Dia Internacional da Cerveja (02/08), a especialista separou alguns dos principais mitos e verdades que envolvem a bebida, confira abaixo:
Cerveja causa barriga – Mito. O ganho de peso está mais relacionado ao consumo em excesso de calorias na dieta total do que especificamente à cerveja. Já o inchaço que pode acontecer após o consumo da bebida está atrelado a fermentação dos carboidratos no líquido, que gera um desconforto abdominal em algumas pessoas.
Cervejas light ou zero álcool são mais saudáveis – Mito. Embora esse tipo de produto contenha menos calorias e seja útil para quem está em processo de emagrecimento e não quer abrir mão da bebida, é importante esclarecer que não oferece benefícios significativos adicionais à saúde em comparação com as cervejas tradicionais. Para isso, o cuidado deve estar na frequência do consumo, que deve ser moderado, independente da bebida escolhida.
Cerveja desidrata – Verdade. O álcool presente na bebida tem um efeito diurético, levando à perda temporária de líquidos, e, potencialmente, à desidratação, se não houver um consumo adequado de água em paralelo”.
Como dica de consumo, Fernanda pontua que os homens podem consumir até duas doses padrão da bebida, enquanto que para as mulheres, a recomendação é de até uma dose. “Nessas sugestões levamos em consideração um metabolismo mais lento para o álcool, sendo que uma dose padrão equivale a aproximadamente 350 ml de cerveja com teor alcoólico médio de cerca de 5%”, esclarece a especialista.