Fraturar o maior osso do corpo humano é um risco grande à saúde de qualquer pessoa, principalmente para o idoso. Isso porque as chances de consequências à mobilidade e aos órgãos vitais aumentam conforme a demora do início do tratamento que, na maioria das vezes, é cirúrgico. De acordo com o ortopedista do Hospital Edmundo Vasconcelos/São Paulo, Dr. José Fernando Carneiro, esse tipo de caso é sempre de urgência.
“A fratura do fêmur em idosos é uma patologia grave. Após 48 horas, o aumento de mortalidade já passa a ser considerável. Por isso é necessário realizar a cirurgia o quanto antes, preferencialmente no mesmo dia, para garantir a sobrevida do paciente. Caso demore mais de quatro dias para ser feita, as chances de morte aumentam em mais de sete vezes”, explica o médico.
A probabilidade de morte, no entanto, não está diretamente ligada à fratura, e, sim, às complicações que ela pode causar no organismo, como pneumonia, infecções e problemas cardíacos. Segundo o ortopedista, essas são as três causas mais comuns de óbito neste cenário. “Atualmente, um a cada quatro idosos, em média, morre dentro de um ano após o incidente por uma dessas consequências. Por isso é tão importante o atendimento rápido e multidisciplinar”, completa.
Prevenção – Para a fratura do fêmur ocorrer, não é preciso uma queda brusca. Basta um movimento rotacional do quadril, com o pé fixo no chão. Nos idosos, geralmente, o osso se quebra antes mesmo do tombo. Por isso é preciso sempre ficar atento a alguns detalhes que ajudam a prevenir o incidente, como:
•Praticar exercícios regularmente de fortalecimento e equilíbrio;
•Retirar os tapetes da casa;
•Instalar barras laterais no box do banheiro e perto do vaso sanitário;
•Colocar tapetes antiderrapantes no banheiro;
•Manter uma iluminação adequada de todos os ambientes da casa;
•Fazer acompanhamento médico com geriatra;
•Evitar medicamentos que causem tontura e sonolência;
•Usar óculos quando indicado;
•Não esquecer de hidratar-se e ter uma alimentação equilibrada;
•Em casos de diagnóstico de osteoporose, não deixar o tratamento de lado;
•Usar o apoio de muletas ou bengalas quando necessário;
•Manter motivação para atividades diárias, mesmo após uma queda.