A importância de monitorar a saúde do coração, quando o check-up é indicado e quais exames devem ser realizados
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As doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% das mortes no Brasil, totalizando 400 mil óbitos por ano, segundo o Ministério da Saúde. Esse fator pode ser evitado, na maioria dos casos, com a detecção precoce de doenças e disfunções cardíacas. Fazer um check-up cardiológico é uma prática recomendada tanto para pessoas com fatores de risco quanto para aqueles que se consideram saudáveis.
A partir dos 40 anos, mesmo sem apresentar sintomas de problemas cardíacos, é essencial consultar um cardiologista para organizar um check-up da saúde do coração. Consultas e exames periódicos podem identificar alterações precoces, ajudando na prevenção de doenças cardiovasculares, e, caso alguma condição seja detectada, o tratamento pode ser iniciado rapidamente.
Atenção Redobrada no Inverno – A atenção à saúde do coração deve ser intensificada principalmente nos dias mais frios. O inverno, que começa em 21 de junho, está associado ao aumento de casos e mortalidade cardiovascular. O Dr. Rodrigo Alves, cardiologista intervencionista e responsável técnico do Instituto do Coração do Triângulo (ICT), de Uberlândia/MG, explica como o clima frio aumenta os riscos.
Segundo ele, “precisamos cuidar da saúde do coração o ano todo e considerar o check-up cardiológico para pessoas saudáveis a partir dos 40 anos. Para aqueles com maior predisposição ou sintomas cardíacos, a partir dos 20 anos. Porém, no inverno, o risco de infarto pode ser até 30% maior. As baixas temperaturas fazem com que os vasos sanguíneos se contraiam, aumentando a pressão arterial e forçando o coração a trabalhar mais. Além disso, o frio pode desencadear uma resposta de estresse no organismo, aumentando a liberação de hormônios como a adrenalina, que pode causar constrição das artérias coronárias”.
Fatores de risco que reforçam a necessidade do check-up cardiológico – As doenças cardíacas podem ter origem hereditária ou resultar de maus hábitos. Pessoas com histórico familiar de doenças cardiovasculares ou estilo de vida sedentário estão entre os que possuem maior risco. Confira as condições que demandam mais atenção:
- Histórico familiar de problemas no coração
- Obesidade
- Tabagismo
- Sedentarismo
- Rotinas de trabalho estressantes
- Diabetes, doenças endócrinas, problemas renais e hipertensão
Quais exames devem ser realizados? – O primeiro passo do check-up cardiológico é a avaliação clínica do cardiologista, que investigará os hábitos de saúde, rotina e fatores de risco do paciente. Dentre os exames mais comuns para o monitoramento da saúde do coração estão:
- Ecocardiograma: avalia o fluxo sanguíneo, estrutura e funcionamento do coração.
- Eletrocardiograma: analisa a atividade elétrica e o ritmo do coração, identificando possíveis arritmias e risco de infarto.
- Holter: registra alterações cardíacas durante 24 horas.
- Teste Ergométrico: avalia o comportamento do coração sob esforço.
Periodicidade dos exames – De acordo com o Dr. Rodrigo Alves, a frequência dos exames deve ser indicada pelo cardiologista. “Para pessoas sem sintomas, geralmente os exames são realizados a cada dois anos. Para aqueles com fatores de risco, a avaliação deve ser mais frequente, conforme indicado pelo especialista consultado”, destaca o médico.
Doenças que podem ser prevenidas com o check-up cardiológico – As avaliações rotineiras ajudam a prevenir diversas doenças cardíacas, como infarto, arritmias, hipertensão, insuficiência cardíaca, AVC, angina, cardiomiopatias e arteriosclerose. Além da prevenção, as consultas e exames periódicos também permitem a detecção precoce de problemas cardiovasculares, possibilitando um tratamento mais ágil e eficaz.
Outros bons hábitos para a saúde do coração – Além do check-up cardiológico, manter hábitos saudáveis também é crucial para a saúde do coração:
- Alimentação saudável: uma dieta equilibrada melhora o funcionamento do corpo e previne doenças crônicas.
- Atividade física regular: exercícios físicos diminuem os níveis de glicose no sangue e o risco de trombose.
- Controle da pressão arterial: monitorar regularmente a pressão arterial ajuda a diagnosticar e tratar a hipertensão antes que cause complicações graves.