Dieta rica em alimentos gordurosos e vida sedentária estão entre as principais causas de colesterol alto.
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O estilo de vida cada vez mais sedentário, com uma dieta rica em alimentos gordurosos, é um dos grandes fatores para que cerca de 40% dos adultos no Brasil tenham um diagnóstico de colesterol alto. Estudos também da UFMG destacam que o colesterol elevado já ameaça a saúde de 27,4% de crianças e adolescentes brasileiros.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC, o excesso de colesterol no organismo pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como a doença arterial coronariana, que pode levar a angina (dor no peito) e até mesmo a um ataque cardíaco. Além disso, o colesterol elevado está associado a um maior risco de acidente vascular cerebral (AVC), doença arterial periférica, doença arterial renal e disfunção eréctil em homens.
Nesse sentido, destaca o cardiologista Luiz Guilherme Velloso, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, “é fundamental controlar os níveis de colesterol por meio de uma dieta equilibrada, exercícios regulares, evitando o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de realizar exames periódicos para monitorar a saúde cardiovascular, incluindo crianças e jovens, uma faixa etária suscetível ao alto consumo de alimentos industrializados e com alto teor de gordura”.
Conforme explica o Dr. Luiz, que é também professor de Cardiologia do Centro Universitário São Camilo, o colesterol alto pode ter relação com herança genética, como é o caso da Hipercolesterolemia Familiar (HF), que impede o fígado de remover o excesso de Lipoproteínas de baixa densidade, o LDL, popularmente conhecido como colesterol “ruim”.
O problema é que o colesterol elevado não provoca sintomas, mesmo quando está muito alto, o que o transforma em um fator de risco especialmente perigoso, comenta o especialista. A elevação do colesterol só causa sintomas quando as artérias já estão obstruídas.
Como ele explica, o colesterol deixa de ser saudável quando o nível no sangue é superior a 200 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl) em adultos. Um nível de colesterol total inferior a 200 mg/dl é desejável, mas muitas pessoas se beneficiam ao manterem níveis de lipídios ainda mais baixos.
Colesterol “bom e ruim” – Observar o nível de colesterol “ruim” é mais importante do que o nível de colesterol total. Um nível elevado de colesterol LDL aumenta o risco de aterosclerose, enquanto a presença de níveis elevados de Lipoproteínas de alta densidade (HDL), chamado de colesterol “bom”, pode trazer maior proteção contra a obstrução das artérias. Por outro lado, a presença de um nível baixo de colesterol HDL (inferior a 40 mg/dl) também está associada a um risco aumentado de aterosclerose. O risco de um ataque cardíaco é mais que duas vezes maior quando o nível de colesterol total se aproxima de 300 mg/dl.
Importante ressaltar que o colesterol em si não é danoso, mas, sim, um lipídio essencial na formação da membrana de todas as células do corpo. O LDL e o HDL devem estar equilibrados, dentro de suas faixas de normalidade. Com um estilo de vida saudável e, em alguns casos, com a ajuda de medicamentos, como as estatinas, é possível controlar o colesterol e ter qualidade de vida”, conclui o médico.