Psicóloga Ana Gabriela Andriani aborda os motivos por trás das grandes expectativas do Carnaval e a tristeza que surge com o fim desse período
O Carnaval acabou e com ele os brasileiros voltam à rotina da vida. Para muitos foliões, o período funciona como uma catarse, exorcizar as frustações, aplacar tristezas e viver uma outra realidade, onde a base é a felicidade. A festa é a hora de extravasar e ser diferente do que se é nos outros dias e buscar uma certa felicidade e alegria que não existem em sua rotina. Quando esses dias de festanças acabam, o que vem em seguida é uma tristeza e melancolia, pois existe a necessidade de volta à realidade, encarando a falta desses momentos na rotina, destaca a psicóloga Ana Gabriela Andriani/ São Paulo/SP.
Segundo ela, “a felicidade para existir precisa da falta. O Carnaval é o momento de êxtase, onde as pessoas tentam aplacar a existência das frustrações da vida”, e, após esse período surge uma certa melancolia. As pessoas costumam ter o sentimento de tristeza e desânimo, como se fosse uma espécie de “depressão pós-carnaval”, mas, isso é completamente diferente de um diagnóstico de depressão, por exemplo.
Conforme explica a psicóloga, é comum se sentir triste após dias festejando, pois, o carnaval é aproveitado como válvula de escape para encarar uma difícil realidade, principalmente quando ela não contém muitos momentos de felicidades. Nesse sentido, orienta, “o mais indicado é que as pessoas comecem a aproveitar todos os momentos da vida, e não apenas os dias de festas. Curtir a si próprio, ler um livro, conversar com os amigos em um bar durante a semana, são alguns exemplos de que todos os dias podem ser satisfatórios, e não apenas o Carnaval”.