Segundo o Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido por AVC, é responsável por, aproximadamente, 100 mil mortes por ano em todo o país. O rápido atendimento médico é fundamental, uma vez que pode minimizar a chance de sequelas, por isso é muito importante reconhecer os sintomas da doença.
Conforme alerta a Dra. Cláudia Panfilio, neurologista do Pilar Hospital, de Curitiba, entre os sintomas estão: fraqueza ou formigamento do rosto, perna ou braço (especialmente em apenas um lado do corpo); confusão mental, compreensão ou falas alteradas; modificações observadas na visão, equilíbrio, coordenação ou andar. Além disso, tonturas e dores de cabeça súbitas e intensas, sem causa aparente, também podem ser sinais de início do desenvolvimento de um AVC.
Caso sejam verificados estes sintomas, a pessoa deve ser encaminhada com urgência para um hospital que possua uma equipe médica capacitada e especializada em doenças cerebrovasculares, com Pronto Atendimento. Pacientes com AVC isquêmico, o mais comum, quando atendidos até 4,5 horas após o início dos sintomas, podem ser medicados com um remédio que dissolve o coágulo e minimiza a chance de sequelas.
A Dra. Cláudia explica que o AVC é uma doença caracterizada pelo aparecimento de um sintoma neurológico súbito, provocado por uma alteração da circulação no sistema nervoso central, seja no cérebro ou na medula espinhal. Existem duas formas de manifestação da doença: o AVC isquêmico, que é uma obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, causando falta de circulação no seu território vascular, e o AVC hemorrágico – uma ruptura espontânea de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro.
“Entre os principais mecanismos associados ao AVC estão a aterosclerose, causada pelo depósito de placas de gordura nas artérias, que obstruem, progressivamente, os vasos sanguíneos, causando sua interrupção, e algumas doenças cardíacas, uma vez que produzem coágulos no interior do coração que, se não diagnosticados e tratados, podem se descolar pela corrente sanguínea e causar oclusão nos vasos cerebrais”, afirma a especialista.
Aproximadamente 70% dos pacientes que foram acometidos por um AVC apresentam sequelas. Por isso, estas pessoas devem ter um acompanhamento médico constante, destaca a Dra. Cláudia, observando que, em alguns casos, o paciente também deve ser assistido por uma equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, psicóloga e fonoaudióloga), que auxiliará na reabilitação, reinserção na sociedade e na retomada das atividades de rotina.
Para minimizar as sequelas da doença é preciso que o atendimento seja imediato e eficiente. Por isso, buscar ajuda médica especializada, que consiga fazer um diagnóstico ágil e preciso, é fundamental.
Fatores de risco – A evolução de um AVC está diretamente ligada a fatores de risco – cuja incidência tem se tornado cada vez maior na população –, tais como pressão alta, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e hipercolesterolemia (quantidades de colesterol acima do normal no sangue).
“Como prevenção, as pessoas devem buscar controlar os fatores de risco citados, praticar uma atividade física e manter hábitos de vida saudáveis”, aconselha a médica.
“Em um Pronto Atendimento especializado, como o do Pilar Hospital, a equipe está preparada para reconhecer, rapidamente, os indicativos de que o paciente pode estar sofrendo um AVC, aumentando, assim, as chances de tratar os sintomas e prevenir as sequelas. Além disso, ter à disposição exames, UTI e Centro Cirúrgico com a mais alta tecnologia, se necessário, auxiliam muito no tratamento individualizado”, conclui.