Dr. Marcelo Otsuka (SBI): “manter uma rotina de proteção contra vírus e bactérias ajuda a evitar quadros infecciosos e arboviroses”
Em muitas escolas de todo o Brasil, as aulas já retornaram ou estão prestes a recomeçar neste mês. Para ajudar pais e responsáveis a manterem uma rotina de proteção de seus filhos contra vírus e bactérias, é importante seguirem as recomendações sanitárias locais, como o uso de máscara pelos pequenos, bem como adotarem precauções adicionais, por exemplo, desinfetar objetos e materiais em geral ajuda a reduzir as chances de transmissão de vírus presentes nas superfícies, como é o caso do Influenza, que tem grande chance de ser transmitido dessa forma, assim como bactérias prejudiciais ao nosso organismo que podem ser levadas à boca por meio das mãos”, informa o Dr. Marcelo Otsuka, coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da SBI – Sociedade Brasileira de Infectologia.
Enquanto a higienização dos ambientes e objetos de uso comum pode ser responsabilidade da escola, pais e responsáveis precisam se atentar aos objetos de uso individual de seus filhos. Por isso, “uma opção é o uso de desinfetantes portáteis, como mini aerossóis e lenços desinfetantes, para a higienização dos objetos da criança, como aquele brinquedo que ela levou para o pátio e dividiu com muitos coleguinhas ou largou e arrastou pelo chão”. Isto vale até mesmo no caso das crianças maiores, que levam bolas de basquete ou futebol para jogar partidas na hora do recreio”, orienta o Dr. Marcelo Otsuka, ao explicar que a desinfecção deve ser feita pelos pais ou responsável antes e após o retorno do colégio.
Itens como mochilas, canetinhas e lápis de cor também podem ser desinfetados. A recomendação é que o produto evapore totalmente antes que a criança tenha contato com a superfície novamente. Além disso, lavar as lancheiras usadas na escola com água e sabão diariamente e desinfeta-las uma vez por semana é essencial. “Como estamos falando de um recipiente que é usado para armazenar e transportar alimentos quase que diariamente, os pais e responsáveis precisam estar atentos a essas orientações. Isso ajuda a combater mais de 99% de germes e bactérias que podem acumular no local”, destaca o médico.
Ele lembra também as instruções contidas nos rótulos dos produtos. Elas devem ser seguidas para que ocorra a devida desinfecção de forma eficaz. Em diferentes mercados e farmácias, consumidores encontram opções de desinfetante prático e fácil de usar, tanto na forma líquida quanto aerossol. Podem também usar lenços umedecidos.
Devido ao momento atual, o simples ato de lavar as mãos com sabão é uma medida simples e recomendada. Nesse sentido, o Dr. Otsuka ressalta que “orientar a criança sobre a importância desse ato é um ensinamento muito importante”. Isto deve ser feiro principalmente antes dos intervalos, quando os alunos costumam fazer um lanche, e após a aula de educação física, pois as mãos entram em contato com bolas e outros instrumentos compartilhados.
Arboviroses – Por fim, ele alerta sobre algumas medidas que ajudam a evitar outros tipos de vírus que causam doenças transmitidas através da picada de mosquitos, como dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela. Uma escola localizada em área de maior vegetação, ou com bastante área externa, onde os alunos costumam participar de atividades ao ar livre, pode significar mais exposição aos insetos, já que o calor do corpo atrai mosquitos. Assim, passar repelente nas crianças antes de irem para a escola é uma atitude simples e altamente recomendada.
A prevenção contra arboviroses é essencial, mesmo se a escola não estiver em uma região de muita arborização. “Como a criança ficará muito tempo fora de casa, é interessante considerar produtos à base de Icaridina, que tem longa duração, até 10h, dependendo do produto. O ideal é sempre seguir as instruções dos rótulos e que o responsável aplique o repelente na criança antes dela ir para a escola”, orienta o médico.