Dificuldade para engolir ou engasgar com frequência não é normal

A pouco conhecida disfagia dá sinais e tem tratamento. Foto: Pixabay

A disfagia, condição caracterizada pela dificuldade em engolir, é um problema que pode afetar pessoas de todas as idades, embora sua prevalência seja significativamente maior entre os idosos. Estudos indicam que até 90% das pessoas na terceira idade podem sofrer de disfagia, condição que muitas vezes se manifesta por meio de engasgos frequentes durante as refeições.

O isolamento ao fazer as refeições, troca de alimentos mais duros por mais pastosos ou perda de peso, sem causa aparente, são sinais de alerta, principalmente para os familiares, conforme pontua a fonoaudióloga e especialista em reabilitação hospitalar, Cristina Zerbinati, São Bernardo do Campo/SP. Segundo ela, “a disfagia pode causar complicações sérias, como desnutrição, desidratação e pneumonia aspirativa. Nesse sentido, é essencial que os primeiros sinais de dificuldade em engolir sejam reconhecidos e tratados prontamente para evitar complicações graves.”

Os sintomas podem variar, incluindo sensação de comida presa na garganta, tosse ou engasgos durante a alimentação, dor ao engolir e perda de peso inexplicada. A presença desses sinais deve ser um alerta para buscar avaliação médica e o acompanhamento de um fonoaudiólogo qualificado.

Da mesma forma, reforça a fonoaudióloga e especialista em Gerontologia Juliana Venites, ao destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento especializado. Conforme observa, ele pode incluir exercícios específicos para fortalecer os músculos da deglutição e técnicas para melhorar a segurança alimentar. A reabilitação adequada pode fazer uma diferença significativa na qualidade de vida dos pacientes.”

O tratamento da disfagia com fonoaudiologia tem se mostrado eficaz na reabilitação de pacientes. As intervenções podem ser adaptadas de acordo com a gravidade e as necessidades individuais de cada paciente, garantindo um cuidado personalizado e integral, destaca Juliana Venites, alertando, mais uma vez, sobre a importância de se reconhecer a disfagia e buscar rapidamente ajuda profissional para prevenir complicações sérias e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A conscientização sobre essa condição e a importância do tratamento adequado, enfatiza, “são passos essenciais para garantir a saúde e o bem-estar, especialmente entre a população idosa”.

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