Dispositivo intrauterino pode ser usado como método contraceptivo de emergência, explica especialista
Dr. Vinicius Carruego: “o seu ginecologista deve ser o primeiro a saber da relação sexual sem proteção”
Sexo sem proteção ou falha do método contraceptivo. Seja qual for a ocasião, esse fato costuma causar muita preocupação entre as mulheres, principalmente, quando se trata de encontros casuais ou até mesmo quando a chegada de um bebê não está entre os planos de um casal.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) em 2023, com cerca de 2 mil mulheres, mostrou que o uso da pílula do dia seguinte, método emergencial para evitar a gravidez após uma relação sexual desprotegida, é adotado por 43% das mulheres entrevistadas. Ainda de acordo com a pesquisa, 82% não utilizam preservativos, comportamento que aumenta o risco de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
A pílula do dia seguinte é o método contraceptivo de emergência mais conhecido e acessível. Ela contém altas doses de hormônios (levonorgestrel ou ulipristal) que impedem ou retardam a ovulação. “Esse método deve ser utilizado, preferencialmente, até 72h da relação sexual desprotegida”, explica o ginecologista Vinícius Carruego, diretor médico da Clínica Elsimar Coutinho-SP.
O Dispositivo Intrauterino (DIU) também pode ser uma alternativa eficaz nos casos em que ocorrem relação sexual desprotegida no período fértil. Esse método previne a fertilização ao liberar íons de cobre – que são tóxicos para os espermatozoides. “Poucas pessoas sabem que os DIUs servem como contracepção de emergência. E mais: é o método mais seguro”, revela o Dr. Carruego, chamando atenção ainda para a importância de procurar ajuda médica nesses casos. “O seu ginecologista deve ser o primeiro a saber da relação sexual sem proteção, uma vez que este profissional terá condições de programar os exames e inserir o DIU em até 120 horas depois da relação sexual”.
Vale lembrar que a contracepção de emergência não deve ser usada como método regular, mas, sim, em situações de urgência. Além disso, esses métodos não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Nesses casos, o uso de preservativo é essencial para prevenção dessas doenças.
Tanto a pílula do dia seguinte quanto o DIU de cobre são opções eficazes, cada uma com suas especificidades e considerações. Portanto, é fundamental buscar informações com um médico ginecologista de confiança para que a escolha do método seja coerente com a realidade de cada paciente.