Doença de Alzheimer: papel da Terapia Ocupacional no tratamento da doença

No Brasil, estima-se que existam mais de 1,2 milhão de casos da doença.

Foto: Divulgação

 Muito importante a conscientização sobre a doença de Alzheimer (DA), um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta por deterioração cognitiva, motoras e sensoriais, comprometendo as atividades, perda de equilíbrio, memória de vida diária e prática e alterações comportamentais, entre outros. Essa doença afeta mais os idosos, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência na população com mais de 65 anos. 

Não existe cura para o Alzheimer. Com isso, o tratamento é feito para retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais e executivas do paciente. Esse tratamento deve ser feito por uma equipe multiprofissional formada por médicos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e educador físico. 

“A Terapia Ocupacional (TO) no tratamento de pacientes com Alzheimer visa a reabilitação cognitiva, motora, sensoriais, adaptações e orientações para família e cuidadores, com o objetivo de recuperar as funções e estagnação de perdas”, explica a terapeuta ocupacional Syomara Cristina, de Curitiba/PR.  

Em conjunto com as outras especialidades, a TO auxilia o indivíduo a alcançar seu nível mais elevado de habilidades, preservando aspectos cognitivos, sua independência e autonomia. O tratamento começa com avaliações e testes cognitivos, identificando os déficits específicos e, em seguida, estimula-se a sua capacidade através de atividades propostas pelo profissional, por exemplo: 

“Cada paciente recebe um tratamento único e personalizado, com base na avaliação do terapeuta ocupacional. De forma geral, são realizadas atividades que estimulam concentração, percepção e reminiscência, ajudando o paciente a manter suas atividades cotidianas”, relata Syomara. 

A doença – O Alzheimer destrói de forma permanente os neurônios e as células do sistema nervoso, deteriorando a capacidade de entendimento da pessoa e sua memória de curto prazo, além de gerar alterações comportamentais que se agravam ao longo do tempo. Os principais sintomas da doença são, dificuldade para se lembrar de acontecimentos recentes; repetição da mesma pergunta várias vezes; problemas para desempenhar tarefas de rotina, como se deslocar por um caminho conhecido; irritabilidade; dificuldade para encontrar palavras para expressar ideias ou sentimentos e interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos. Em casos mais graves, o paciente perde a autonomia e se torna totalmente dependente. 

Atualmente, estima-se que existam 1,2 milhão de casos da doença no Brasil, a maior parte deles ainda sem diagnóstico. No mundo, cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com Alzheimer. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. 

Prevenção – Ainda não existe uma forma de prevenção específica, entretanto, os médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e estilos, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença. Pessoas mais idosas e com histórico familiar devem ficar atentos quanto aos sintomas, pois são considerados fatores de risco. 

Sair da versão mobile