Dr. Antônio Condito Neto destaca as condições para as doenças alérgicas de verão e como evitá-las
Assim como o inverno, a chegada do verão, que no Brasil aconteceu dia 21 de dezembro, também pode trazer algumas doenças alérgicas, principalmente por conta da imunidade. Com a mudança brusca de temperaturas entre os meses de dezembro e março, a imunidade do corpo tende a oscilar também. Além disso, o contato prolongado com o sol e a areia e a picada de mosquitos e de outros insetos, comuns nesta época do ano, podem resultar em alergias de verão.
Conforme explica o Dr. Antônio Condino Neto, presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, “as alergias são respostas autoimunes do corpo para situações adversas e que normalmente acontecem na região superior do corpo, como braços e rosto. Embora a maioria não tenha consequências muito severas, é importante saber como prevenir e remediar”.
Uma condição muito comum nesse período é a dermatite atópica, que leva ao ressecamento e o surgimento de erupções na pele. O tratamento adequado deve ser realizado em conjunto com um dermatologista, que irá indicar pomadas e cremes para cada caso.
Por sua vez, a conjuntivite alérgica é outra doença que pode surgir no verão, por conta do ressecamento ao redor dos olhos, causando uma irritação da conjuntiva, membrana que protege o olho. Essa alergia deve ser tratada hidratando a região, lavando-a com água corrente e fazendo compressas de água quente.
Outra alergia comum do verão, especialmente entre os pequenos, são as brotoejas. “Tratam-se de pequenas erupções na pele, que se não forem tratadas adequadamente, podem deixar manchas. Surgem com o acúmulo de gordura e suor, sendo, nesse caso, o mais indicado evitar o contato direto com o sol, com produtos para a pele e banho quente. O uso de roupas mais leves também é bom para evitar atrito com a região”, recomenda o especialista, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho.
Muito mais do que tratar as alergias, é importante saber como evitá-las. Para isso, o Dr. Condino-Neto recomenda uma boa limpeza dos ambientes da casa e locais de trabalho, evitando o acúmulo de poeira, fungos e bactérias que podem afetar o sistema imunológico. Além disso, importante manter-se sempre hidratado, bebendo idealmente 35ml de água por quilo, ou seja, pelo menos 2l de água para uma pessoa de 60kg. “No caso de piora do quadro alérgico, é de extrema importância buscar um profissional médico”, finaliza.