Dra. Rainire Faleiro, pediatra e neonatologista do Grupo Neocenter BH: “as crianças menores de cinco anos são especialmente susceptíveis e os pais devem ter atenção redobrada nos cuidados com essa faixa etária.”
Com a chegada do inverno e quedas frequentes na temperatura, os cuidados devem ser redobrados com as crianças, pois elas têm o sistema imunológico mais frágil e sofrem nessa época do ano com doenças do sistema respiratório.
No inverno, as mudanças repentinas de temperatura que acontecem ao longo do dia e a baixa umidade relativa do ar causam estresse no organismo, fragilizando a resistência orgânica e, assim, possibilitando o contágio e a proliferação de vírus e bactérias que ficam expostos no ar e que atacam principalmente o sistema respiratório.
Com a chegada do inverno, a Dra. Rainire Guimaraes de Carvalho Faleiro, pediatra e neonatologista do Grupo Neocenter/BH, explica que há um aumento na incidência de doenças respiratórias, como gripes, resfriados comuns, rinite, sinusite, bronquite e otite. “Durante períodos de frio é comum que a população permaneça em locais fechados por longos períodos. A aglomeração, associada à menor circulação de ar nesses locais, facilita a propagação de micro-organismos”. Além disso, alerta, “o ar frio e seco pode causar desconforto para respirar e irritação da mucosa nasal. As crianças menores de cinco anos são especialmente susceptíveis e os pais devem ter atenção redobrada nos cuidados com essa faixa etária.”
Prevenção – Para prevenir a propagação de doenças no período de inverno, informa Dra. Rainire, deve-se evitar aglomeração em locais fechados, contato com pessoas doentes e manter a rotina de lavagem de mão frequente. “Muito importante o cuidado especial com crianças em faixa etária escolar. Por ser um ambiente fechado, com alta circulação de pessoas, a escola torna-se um ambiente propício para a disseminação de doenças, principalmente aquelas causadas por vírus. Portanto, se seu filho apresentar sintomas como febre, tosse ou coriza nasal, evite levá-lo para escola até que tenha melhorado”.
A médica alerta que uma das complicações desses quadros infecciosos é a sobreposição de uma infecção bacteriana, como pneumonias, sinusites e otites. “Por isso, caso a criança apresente febre por mais de três dias, ou prostração fora do momento da febre, deve-se procurar atendimento com pediatra”.
Os pais devem ficar atentos sempre que a criança tiver dificuldade ou esforço para respirar. Atenção para vômitos persistentes, redução da diurese ou recusa alimentar durante todo o dia, pois são sintomas que também indicam que o médico precisar ser procurado com urgência, finaliza.