Dores nas costas, cuidado! Elas foram as principais causas de afastamento do trabalho em 2024

Foto: Divulgação

No ano passado foram registrados 377.594 afastamentos laborais em razão de problemas lombares e hérnia de disco, segundo o Ministério da Previdência Social

Em 2024, o Brasil registrou um aumento significativo nos afastamentos laborais devido a problemas de saúde, chegando a 3,5 milhões de ocorrências totais, conforme dados recentes divulgados pelo Ministério da Previdência Social, uma alta de 39% em comparação a 2023, quando 2,5 milhões de trabalhadores tiveram que se ausentar de suas funções. Dentre os principais problemas registrados estão as dores nas costas (dorsalgia), incluindo hérnia de disco, com 377.594 casos. Essas condições lideraram a concessão de benefícios por incapacidade temporária, pagos pelo INSS, quando o trabalhador precisa se afastar do trabalho por mais de 15 dias em razão da doença.

Conforme destaca o ortopedista Paulo Henrique Silva Meira, da Paraná Clínicas em Curitiba/PR, esses dados reforçam a importância de se investir em prevenção nas empresas, não só para melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, mas, também, para aumentar a produtividade e reduzir os custos associados aos afastamentos. Indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmam o alerta para o problema, apontando que a dor lombar é a principal causa de incapacidade laboral em todo o mundo e que afetará 843 milhões no planeta até 2050

Segundo o Dr. Paulo, medidas simples no ambiente de trabalho, como ajustes ergonômicos, pausas regulares, alongamento e uso adequado de equipamentos de proteção individual, podem reduzir esses problemas e evitar afastamentos. Para trabalhadores que lidam com cargas pesadas, o uso de equipamentos auxiliares e a divisão do peso com colegas são fundamentais para evitar lesões.

Fora do ambiente profissional, ele orienta fortalecer a musculatura e combater o sedentarismo: “tais ações são essenciais para prevenir dores na coluna”, afirma.

O médico alerta ainda para os riscos da automedicação e ressalta a importância de buscar atendimento especializado diante de sinais de alerta, como dor intensa e persistente, perda de sensibilidade ou alterações neurológicas. “A pessoa, sem saber o que está acontecendo, pode, de uma forma inadvertida, mascarar algum sintoma utilizando um anti-inflamatório ou analgésico, tratando a consequência e não a causa do problema. Nesse caso ela só vai amenizar a dor, mas não irá identificar se tem alguma questão muscular, óssea ou ligamentar. Por isso, é importante uma avaliação médica completa para que o problema seja tratado da melhor forma possível”, orienta.

Conforme ressalta o especialista, estatísticas apontam que mais de 80% da população terá ao menos um episódio de lombalgia ao longo da vida, o que reforça a necessidade de um diagnóstico preciso e um tratamento adequado para evitar complicações.

As empresas também podem se adequar com rotinas simples de cuidados para evitar problemas de saúde mais graves e o afastamento de seus colaboradores. Confira abaixo algumas dicas do corpo clínico da Paraná Clínicas:

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