Estudo premiado compara duas técnicas de retirada de tumor da mama, uma menos e outra mais agressiva
O ginecologista, mastologista e presidente do Conselho de Administração da rede hospitalar Mater Dei, Henrique Salvador, acaba de ganhar o prêmio Madame Dorucher da Academia Nacional de Medicina (ANM), na categoria Saúde da Mulher. O trabalho premiado é assinado por ele e pela mastologista do Serviço de Mastologia dos hospitais, Maria Luiza Braga Gil. O estudo compara dois tipos de tratamento para o tumor de mama Filoides: a cirurgia aberta, que envolve corte e retirada do tumor, e a aspiração por agulha, realizada em ambulatório, com o auxílio de ultrassom, e dispensando internação.
Os dados utilizados no estudo foram coletados globalmente, compilando a experiência de ambos os métodos de intervenção em hospitais de vários países. Os resultados mostram que a aspiração por agulha, apesar de ser menos invasiva e mais simples, apresenta resultados semelhantes à cirurgia tradicionalmente mais agressiva.
“Ganhar este prêmio confirma e reforça a excelência do Serviço de Mastologia da rede Mater Dei, fundada em 1986”, observa o presidente dos hospitais Mater Dei. Ele destaca que a rede forma anualmente vários residentes em Mastologia e oferece uma abordagem integral para doenças da mama, incluindo câncer, com equipes multidisciplinares em seus tratamentos.
Embora o tratamento convencional para esse tipo de tumor geralmente envolva cirurgia, tanto o estudo quanto a prática demonstram que resultados excelentes podem ser alcançados com técnicas menos invasivas, como a aspiração por agulha. Salvador também ressalta que o pós-operatório é mais amigável com essa técnica em comparação com a cirurgia aberta.
“É fundamental considerar os relevantes papéis que a mama desempenha na vida das mulheres, tanto do ponto de vista nutricional, com a amamentação, quanto estético”, observa o médico. Ele enfatiza, ainda, a importância de garantir uma boa qualidade de vida e uma recuperação rápida para as mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama. Além disso, lembra que a opção por técnicas menos invasivas pode reduzir os custos do tratamento e evitar cicatrizes.
Sobre Marie Josephine Durocher – Marie Josephine Mathilde Durocher nasceu na cidade de Nancy (França), em 6 de janeiro de 1809, e era filha de Anne Nicolli Colette Durocher. Marie Durocher e sua mãe emigraram para o Brasil, chegando na cidade do Rio de Janeiro, em 8 de agosto de 1816. Em 1833, ingressou no curso de partos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo se diplomado como parteira no ano seguinte, tornando-se a primeira brasileira ali formada como parteira. Prestava atendimento como parteira em sua residência, e em clínicas, como a Casa de Saúde Nossa Senhora da Ajuda. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Imperial de Medicina, autora de artigos sobre a arte dos partos e do livro “Ideias por coordenar à respeito da emancipação” (1871). Naturalizou-se brasileira em 1871 e faleceu em 25 de dezembro de 1893, na cidade do Rio de Janeiro.