Imagem: Pixabay
O linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, que é parte do sistema imunológico do corpo humano. Diferentemente do Linfoma de Hodgkin, o não Hodgkin abrange um grupo diversificado de doenças cancerígenas, que se desenvolvem nos linfócitos, que são os glóbulos brancos do sangue. Esse tipo de câncer pode se manifestar em qualquer idade, mas o risco de desenvolver a doença se torna maior conforme as pessoas envelhecem.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025 surgirão cerca de 12 mil novos casos de linfoma não Hodgkin por ano. Conforme explica o hematologista Roberto Luiz da Silva, do IBCC Oncologia, hospital especializado no tratamento de câncer em São Paulo/SP, sua detecção precoce é essencial para a classificação correta da doença e, consequentemente, para realizar o tratamento de forma mais direcionada.
A variedade de doenças que compõem o linfoma não Hodgkin, ressalta o Dr. Roberto, pode ter diferentes formas de manifestação. Porém, alguns sintomas podem ser mais comuns como: linfonodos inchados, especialmente no pescoço, axilas ou virilha, perda de peso, fadiga, sudorese noturna, coceira e febre. “A condição normalmente é classificada entre o linfoma que afeta as células B ou as células T, que são linfócitos produzidos em partes diferentes do corpo.
Tipos e Classificação – Como já destacado acima, observa o hematologista, “hámuitos tipos diferentes de linfoma não Hodgkin, categorizados com base na célula afetada (células B ou células T), aparência microscópica, características genéticas e comportamento do tumor. Dois dos grupos principais são:
Células B: responsáveis pela produção de anticorpos. Elas detectam patógenos, como bactérias e vírus, e criam anticorpos que se ligam a esses invasores, marcando-os para destruição por outras células do sistema imunológico. São chamadas de células B porque se desenvolvem na medula óssea (“bone marrow” em inglês).
“Os linfomas que surgem nas células B representam a maioria dos casos da condição e incluem os linfomas difusos de grandes células B e o linfoma folicular”, comenta o especialista.
Células T: têm várias funções no sistema imunológico, incluindo destruir células infectadas por vírus, auxiliar outras células imunológicas e regular a resposta imunológica. Alguns tipos de células T também ajudam as células B a produzir anticorpos. Originam-se do timo, órgão localizado no peito. Por isso são chamadas de células T. Os linfomas de células T são menos comuns e incluem linfoma de células T periféricas e linfoma de células T cutâneas.
De acordo com o Dr. Roberto, “essas células trabalham juntas para proteger o corpo de infecções e doenças. Nos linfomas, como o linfoma não Hodgkin, esses linfócitos se tornam cancerosos, impactando a capacidade do sistema imunológico de funcionar adequadamente. O transplante de medula óssea pode ser uma alternativa para o tratamento”, que varia consideravelmente, dependendo do subtipo específico, o estágio do câncer, a saúde geral do paciente e outros fatores. As opções podem incluir: quimioterapia, radioterapia e imunoterapia com linfócitos modificados do paciente (terapia com CarT Cell)”.