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Após a realização da Copa do Mundo de futebol feminino e em tempos de diversas outras competições femininas em evidência, a cardiologista infantil e médica do exercício e do esporte do Hospital Edmundo Vasconcelos/São Paulo/SP, Silvana Vertematti, tem se constatado que a prática frequente de exercícios físicos possui diversos benefícios para a saúde da mulher. Os exercícios ajudam a compor uma vida mais saudável, na composição de um melhor condicionamento físico e em questões ligadas à qualidade de vida.
“Os exercícios são decisivos para as questões metabólicas, no controle da gordura corporal e visceral e também no controle da glicemia, bem como fortalece os ossos e músculos, melhora o condicionamento cardiopulmonar e físico e ajuda para a melhora das habilidades motoras e na coordenação. Mas os benefícios vão além e também se refletem na melhoria do sono e de aspectos emocionais”, afirma a médica.
Para as mulheres ainda há benefícios relacionados à prevenção de doenças e à melhoria na qualidade de vida em períodos específicos como a menopausa. “Com o fortalecimento de ossos, os exercícios ajudam a prevenir e controlar a osteoporose, uma doença com grande incidência no sexo feminino, principalmente nos exercícios de resistência muscular. Além disso, o exercício físico ajuda a combater os sintomas da menopausa e colaboram para a melhoria da qualidade de vida da mulher”, ressalta a Dra. Silvana, destacando que os exercícios podem atuar como um tipo de remédio, inclusive para doenças crônicas.
Outro benefício significativo dos exercícios físicos diz respeito à fase da adolescência das mulheres. “O exercício melhora a sociabilização, a qualidade de vida, os padrões de ansiedade, muito comum nessa faixa etária, previne a obesidade e, principalmente no caso dos exercícios resistidos, atua no controle da osteoporose, cuja prevenção começa nessa fase, quando o cálcio no osso é adicionado para o resto da vida”, observa.
Mas qual é exercício físico é o mais adequado para cada tipo de pessoa e com qual frequência? Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é praticar um mínimo de 30 minutos diários de atividade física de moderada a vigorosa intensidade para adultos, e no mínimo 60 minutos diários para crianças e adolescentes. “O ideal é mesclar os exercícios chamados de resistidos, como pilates, treino funcional ou musculação, por exemplo, com os treinos aeróbicos, como corridas, natação, bicicleta e outros esportes. É importante que, nos extremos da vida, como as crianças e adolescentes e os idosos, façam sempre as atividades físicas sob supervisão de um profissional de educação física”, orienta a médica.
Os exercícios aplicados de maneira correta ajudam na perda de peso e manutenção do peso ideal, além do ganho de massa muscular que evita doenças como a osteoporose e os ganhos de flexibilidade ajudam para a garantia de um condicionamento físico ideal.
Os exercícios, segundo Silvana, devem ser orientados em relação à frequência, intensidade, tipo, tempo de atividade e de doses corretas de acordo com o perfil de cada pessoa. “Para quem não tem tempo ou possui outras limitações algumas atividades leves podem ser praticadas como caminhadas, yoga, dança, pilates e hidroginástica. Por isso, a orientação médica é de grande importância”, finaliza.