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Fibromialgia: dor generalizada e fadiga intensa

Como reconhecer os sintomas e quais tratamentos disponíveis para amenizar as dores e ter mais qualidade de vida

Foto: Freepik

A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dor musculoesquelética e sensibilidade aumentada em múltiplos pontos do corpo. Embora sua causa exata ainda não seja completamente compreendida, sabe-se que a doença está relacionada a alterações na forma como o cérebro processa sinais de dor. Mais comum em mulheres entre 30 e 60 anos, a fibromialgia pode estar associada a fatores genéticos e condições psiquiátricas, podendo estar associada a outras condições reumáticas.

Além das dores difusas, outros sintomas podem estar presentes, como a sensação de sono não reparador — fazendo com que a pessoa acorde cansada e com fadiga intensa —, alterações de humor, incluindo depressão e ansiedade, além de esquecimentos frequentes e dificuldade de concentração. A reumatologista Dra. Fernanda Lopes, da clínica EVCITI, de São Paulo/S, destaca que, ao perceber a associação desses sintomas à dor muscular crônica, é fundamental buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e início do tratamento, visando o alívio da dor e a melhora na qualidade de vida.

O tratamento para Fibromialgia deve ser adaptado às necessidades individuais de cada indivíduo. Como explica a Dra. Fernanda Lopes, “o médico deve considerar quais os sintomas que afetam mais a qualidade de vida do paciente. Desse modo, iniciamos o tratamento para aliviar a dor, melhorar o sono e reduzir sintomas como fadiga e distúrbios do humor”.

Os medicamentos variam entre os antidepressivos, que atuam no humor, no controle da dor e melhora a qualidade do sono; relaxantes musculares; analgésicos que, geralmente, são mais eficazes quando combinados a outras abordagens terapêuticas, e, por fim, os gabapentinoides, que são fármacos como gabapentina e pregabalina, que ajudam a reduzir a hipersensibilidade do sistema nervoso central à dor, além de contribuírem também para uma melhor qualidade do sono.

Aliado ao tratamento medicamentoso, a reumatologista orienta a realização de exercícios físicos e psicoterapia: “Tanto atividades aeróbicas como resistidas (que aumentam a força do músculo) representam um pilar central do tratamento e da melhora dos sintomas, devendo, no entanto, serem iniciados progressivamente, pois pode ocorrer desconforto muscular com necessidade de períodos maiores de recuperação após atividades. Apesar disso, a melhoria dos sintomas é visível com o passar do tempo”.

Segundo a Dra. Fernanda, “para um resultado ainda mais eficaz, o acompanhamento psicológico e psiquiátrico, quando necessário, é fundamental, já que distúrbios do humor, como ansiedade generalizada e depressão, são muito frequentes nos pacientes com fibromialgia”.

Devido às dores difusas, a fibromialgia pode dificultar a realização de atividades diárias, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes e tornando tarefas simples mais desafiadoras. Em casos mais intensos, essas limitações podem afetar a capacidade laboral, tornando a rotina profissional mais difícil e, em algumas situações, exigindo adaptações no ambiente de trabalho. Embora a fibromialgia não tenha cura, o tratamento adequado permite o adequado controle dos sintomas, possibilitando uma vida com qualidade e bem-estar.

“Dessa forma, a Fibromialgia exige uma abordagem multidisciplinar para manejo adequado dos sintomas, incluindo estratégias de exercício supervisionado, fisioterapia e ajustes no estilo de vida para minimizar os impactos físicos da condição”, pontua a reumatologista.

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