Pediatra Bruno Leandro explica que a fimose costuma desaparecer naturalmente à medida que a criança cresce
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A família sempre deve estar atenta à saúde das crianças e, no caso de pessoas do sexo masculino, algo que sempre deixa dúvidas é a fimose, condição genética em que a pele que cobre a ponta do pênis é estreita, dificultando ou impossibilitando a exposição da glande. Mas, por que grande parte dos meninos nascem com ela?
De acordo com o pediatra Bruno Leandro, professor de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, a maioria (97% de nascidos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU) nasce com a fimose devido ao desenvolvimento natural do prepúcio (pele que cobre o pênis). A fimose costuma desaparecer naturalmente à medida que a criança cresce. Normalmente, a exposição completa da glande ocorre entre os 3 e 5 anos de idade, mas há casos nos quais há necessidade de cirurgia.
Conforme explica, o procedimento para a retirada pode ser necessário quando há problemas de saúde, como infecções recorrentes do trato urinário, dificuldade para urinar ou no caso dos adultos, dor durante a ereção. Além disso, a cirurgia na infância pode ser recomendada em situações em que a abertura do prepúcio é muito estreita e não se resolve naturalmente ao longo do tempo. Se tratando das crianças, o médico especialista avaliará a necessidade com base nos sintomas e no grau da fimose”, completa o professor Bruno Leandro.
A cirurgia para corrigir a fimose na infância é geralmente realizada sob anestesia geral ou local. O procedimento envolve a remoção cirúrgica do excesso de pele prepucial ou uma incisão para alargar a abertura do prepúcio, dependendo do caso.
Puxar a pele durante o banho é uma boa ideia? – Leandro informa que esse ato não deve ser realizado. “Não é recomendado puxar a pele durante o banho da criança, pois isso pode causar dor, irritação e até lesões. A higiene adequada deve consistir em limpar delicadamente a região externa do pênis com água e sabão neutro”, recomenda.
Para quem passa pela cirurgia, o especialista ressalta o dever de garantir que a criança mantenha a área limpa e seca, evitando atividades intensas por um período determinado, além de administrar corretamente os medicamentos prescritos. É importante lembrar, acrescenta, “que cada caso é único, e é fundamental consultar um médico especialista para obter um diagnóstico preciso e orientações adequadas sobre a fimose e seus tratamentos”.