Dra. Cláudia Navarro: “como a mulher já nasce com todos os óvulos, com o passar do tempo, existe uma diminuição na quantidade e uma piora na qualidade”.
Entre as resoluções de ano novo, aumentar a família pode ser uma opção da lista. Para mulheres, principalmente acima dos 35 anos, que colocaram 2024 como data limite para engravidar, exames que avaliam a fertilidade e técnicas de reprodução assistida podem ajudar a concretizar essa meta.
O relógio biológico feminino é um dos principais fatores que determinam o sucesso de uma gravidez. “O auge da vida reprodutiva feminina acontece no intervalo entre 25 e 35 anos. Como a mulher já nasce com todos os óvulos, com o passar do tempo, existe uma diminuição na quantidade e uma piora na qualidade. Assim, a partir dos 35 anos, a chance de gravidez começa a diminuir gradativamente e, aos 40, ela é de cerca de 10%”, explica a especialista em Reprodução Assistida, Cláudia Navarro, de Belo Horizonte/MG. Por isso, se as tentativas naturais de uma gravidez foram frustradas nos últimos meses, ou anos, o casal deve procurar ajuda médica para avaliar a fertilidade. “No caso da mulher, há exames que podem ajudar a conhecer melhor o corpo”, afirma Cláudia. Análises da reserva ovariana, por exemplo, oferecem informações que serão avaliadas pelo especialista, responsável por determinar qual a melhor opção para o tratamento do casal.
Sonho concretizado – Atriz Viviane Araújo foi mãe após fertilização in vitro. No final de 2021, ela descobriu que estava grávida de seu primeiro filho, Joaquim. Aos 46 anos, ela realizou o sonho de ser mãe. Durante dois anos, Viviane estudou a fertilização in vitro, até conhecer o médico responsável pelo procedimento. A atriz engravidou usando os óvulos de uma mulher desconhecida e os espermatozoides do marido, Guilherme Militão.
A Fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida que, ao longo dos últimos 45 anos, ajudou pessoas que lidam com a infertilidade a finalmente realizarem o sonho de construir uma família. Aproximadamente 20 milhões de bebês nasceram por meio da FIV desde o primeiro “bebe de proveta”, em 1978.
Atualmente, a FIV tem avançado bastante a cada ano. Um dos marcos importantes para o desenvolvimento da tecnologia da FIV é o diagnóstico genético pré-implantacional (PGD). Ele permite que, após serem formados, os embriões sejam avaliados antes de serem implantados. Dessa maneira, é possível identificar embriões com problemas genéticos que os impediriam de se desenvolver de maneira saudável.