Dr. Bruno Pereira: “os mutirões são grandes ferramentas para diminuirmos – ou até melhor – zerarmos as filas de cirurgia do SUS”
O 1º grupo de cirurgias de urgência, emergência e trauma do País, fundado em Campinas, adequou sua estrutura para atender em mutirões de cirurgia do SUS (Serviço Único de Saúde). Com experiência neste tipo de atendimento, o grupo formou uma equipe, composta por cirurgiões de diversas áreas, para atuar em qualquer localidade do País. O objetivo é oferecer um atendimento compatível ao de serviços privados. Em sete anos, o grupo já realizou mais de 19 mil cirurgias. Dessas, 1.046 foram no ano passado, em um mutirão, que durou sete meses, no Hospital Regional de Piracicaba. Desde a sua fundação, o grupo – denominado Surgical -, trabalha com o conceito de padronização do atendimento.
“Ele foi criado porque havia uma deficiência nesse tipo de atendimento cirúrgico na região de Campinas. Agora, o paciente encontra o mesmo atendimento em qualquer um dos hospitais em que atuamos, porque temos protocolos e marcadores de qualidade que são cumpridos à risca”, explica o CEO do Grupo, Bruno Pereira.
Além de certificações internacionais, como ISO 22.301, 9.001, 37.001 e 45.001, o grupo implementou metodologias para melhorar o atendimento. Entre elas, estão o Lean Six Sigma, um modelo de gestão que une duas filosofias que se complementam: o Lean, que visa o melhoramento contínuo e a minimização de riscos, e o Six Sigma, que prevê grandes avanços em curto e médio prazos.
“Os mutirões são grandes ferramentas para diminuirmos – ou até melhor – zerarmos as filas de cirurgia do SUS. Já temos muitos exemplos que mostram que a contratação de serviços privados para atuarem no SUS apresentam ótimos resultados. Nosso grupo trabalha com duas frentes: primeira, oferecer um atendimento de qualidade; segunda, proporcionar benefícios para os serviços hospitalares, como a redução de custos e de tempo de internação. E isso só é possível com eficiência, qualidade e expertise”, afirma o médico.
No esquema de atendimento oferecido pelo Grupo Surgical em mutirões, a instituição, que pode ser um hospital ou algum órgão do governo, oferece a estrutura física e o grupo participa com a estrutura profissional/humana. No mutirão realizado em Piracicaba, por exemplo, o grupo atendia nos horários de pouco movimento do centro cirúrgico para não prejudicar as cirurgias do dia a dia. Os turnos eram de fim de semana ou durante a noite. “Chegamos a fazer até 14 cirurgias em um sábado, das 7h às 16h, ou até oito cirurgias em uma noite. Temos uma equipe jovem, experiente e muito comprometida, além de uma estrutura que nos permite ampliar ou reduzir o número de especialistas, de acordo com a necessidade local. É uma equipe acostumada com os índices e as cobranças de um hospital privado. Nós trabalhamos por performance, então, queremos atender o maior número possível de pessoas, da melhor forma”, diz.
No esquema de mutirões, são realizadas, principalmente, as cirurgias de baixa e média complexidades. O grupo possui diversas especialidades cirúrgicas, entre elas, urologia, oftalmologia, ortopedia, cirurgia geral, otorrinolaringologia, cirurgia vascular, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia plástica, etc.
“Hoje, hospitais privados operam visando alta qualidade, baixo custo, menor tempo de internação. Equipes privadas qualificadas atuam com alta produtividade, menor taxa de complicação, menor tempo cirúrgico, menos tempo de internação e otimização de OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais), de forma geral, reduzindo muito os custos geral dos procedimentos. Nosso grupo nasceu com esse conceito e está acostumado a tudo isso. São características importantes para bons resultados em mutirões”, destaca o diretor financeiro do grupo, Rafael Ruano.