Para a ginecologista Mariana Romanowski, esta condição pode afetar o dia a dia e principalmente a qualidade de vida das mulheres. Procurar por tratamento aos primeiros sinais é essencial.
Incontinência urinária é a perda de urina involuntária que pode ocorrer em qualquer fase da vida. As causas são inúmeras, desde infecção urinária, alterações da bexiga e assoalho pélvico, além de causas neurológicas. A doença é mais comum em mulheres, principalmente na pós-menopausa, porém também acomete homens.
No caso da mulher, existem fatores de risco que precisam receber a devida atenção: “a idade das pacientes também aumenta o risco, pois a incidência é maior na acima dos 50 anos, a menopausa, o sobrepeso, sedentarismo, diabetes e o número de gestações implicam neste fator”, explica a médica ginecologista e obstetra do Hospital Santa Cruz/Curitiba, Dra. Mariana Romanowski.
Segundo ela, há diferentes tipos de incontinência urinária e dentre os principais destacam-se: urgeincontinência, em que a mulher, ao sentir vontade de urinar, não consegue chegar ao banheiro sem perder urina; e a perda urinaria de esforço, quando a perda de urina ocorre ao aumento da pressão do abdome, como ao tossir ou espirrar. “Em qualquer situação, a incontinência urinária deve ser sempre tratada, pois prejudica a qualidade de vida, o lado psicológico e aumenta a chance de dermatites e infecções. Se logo que a mulher perceber qualquer um dos sintomas citados procurar um especialista, a chance de sucesso no tratamento é bastante grande”, afirma a especialista.
Uma causa comum e frequente da incontinência urinária é o pós-parto. Ela se deve a falta de estrogênio, hormônio responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos, controle do ciclo menstrual e desenvolvimento do útero, que é transitória nesta fase. “A incontinência no pós-parto costuma resolver-se espontaneamente. Porém, a fisioterapia pélvica pode ser de grande auxílio, a fim de promover uma recuperação mais rápida e eficaz”, completa a médica.
Tratamento – Ainda que o tratamento com fisioterapia seja fundamental em praticamente todos os casos de incontinência urinária, o tratamento cirúrgico também pode ser indicado. O mais usual e minimamente invasivo é o implante de sling na uretra: “várias técnicas são possíveis, mas o mais comum é utilizar telas especiais que sustentam os músculos do assoalho pélvico, que têm por objetivo aumentar a resistência uretral e diminuir a perda da urina”, explica Romanowski.
- Prevenção – Confira algumas dicas abaixo que podem ser levadas em consideração na prevenção da incontinência urinária, e lembre-se: diante de qualquer sintoma citado acima, procure o médico especialista para o diagnóstico correto da causa e tratamento.
- A incontinência urinária não é incomum na vida das mulheres, principalmente depois dos 50 e 60 anos. Porém, há tratamentos que podem melhorar a autoestima e a qualidade de vida da paciente;
- Faça exercícios regularmente;
- Controlar o ganho de peso na gestação e praticar exercícios para fortalecer o assoalho pélvico também podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.