Inteligência artificial e diabetes: tema do SITEC 2025

Evento, organizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes, será realizado dias 23 e 24 de maio em São Paulo

Imagem: Pixabay

No mundo da saúde, poucos campos evoluem tão rápido quanto a inteligência artificial (IA). E quando essa revolução tecnológica encontra uma condição crônica como o diabetes – que afeta milhões de brasileiros, o impacto pode ser transformador. Esse será o tom da palestra magna de abertura do SITEC 2025, que acontece nos dias 23 e 24 de maio, no Centro de Convenções do WTC, em São Paulo. O evento é uma realização da Sociedade Brasileira de Diabetes.

A conferência será ministrada pelo Dr. Walmir Coutinho, endocrinologista, professor da PUC-Rio e coordenador da pós-graduação em Inteligência Artificial da universidade. Ele trará uma visão profunda e provocadora sobre como a IA já está modificando a prática médica em diabetologia e como essa mudança pode ser benéfica, se for bem conduzida.

De acordo com o endocrinologista Márcio Krakauer, presidente do evento, “a inteligência artificial tem o poder de personalizar tratamentos, prever crises glicêmicas antes que aconteçam, e até auxiliar médicos em decisões terapêuticas complexas. Mas, junto com essa revolução, vem a responsabilidade de garantir que esses sistemas sejam éticos, seguros e centrados no ser humano”.

A palestra de abertura do simpósio promete provocar reflexões que vão além do uso da tecnologia como ferramenta: trata-se de repensar a relação entre médico e paciente, algoritmos e sensibilidade clínica, dados e empatia. “Estamos diante de uma mudança de paradigma. O médico do futuro precisa entender como a IA funciona, mas precisa saber também onde ela termina – e onde o julgamento clínico, o olhar humano, deve prevalecer”, reforça Krakauer.

O evento vai reunir endocrinologistas, pesquisadores, profissionais de tecnologia e representantes da indústria para discutir os usos atuais e futuros da IA no monitoramento glicêmico, na predição de complicações e na gestão de grandes bases de dados em saúde.

Além de painéis técnicos, o simpósio discutirá ainda questões éticas, como o uso de dados sensíveis, a privacidade do paciente e os riscos de vieses algorítmicos.

“Queremos que o SITEC 2025 seja um espaço de inspiração e de construção. Precisamos preparar o Brasil para usar essas tecnologias com inteligência, espírito crítico e, acima de tudo, foco no bem-estar da pessoa com diabetes”, diz Krakauer.

Mais informações e inscrições: https://sitec.diabetes.org.br/

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