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Janeiro Branco: como lidar com o luto

Para o Psicólogo Lenilson Figueiredo, a experiência do processo de enlutamento é totalmente individual e é possível encarar as perdas de forma mais gentil com os sentimentos

Foto: Pixabay

Assim como uma folha em branco representa novas possibilidades, o começo de um novo ano é uma oportunidade de reescrever histórias e planejar o futuro de forma mais consciente. O convite à reflexão sobre a vida neste período fez o primeiro mês do ano ser dedicado à campanha que promove a conscientização de cuidar da saúde mental.

O Janeiro Branco é uma iniciativa para que as pessoas reconheçam suas emoções e busquem apoio. A campanha aborda a chance de iniciar o ano com um compromisso renovado com a saúde mental e inspirar sobre o bem-estar emocional, incentivando o enfrentamento dos desafios da vida que muitas vezes são negligenciados, como o luto.

Conforme destaca o psicólogo Lenilson Figueiredo, parceiro do Grupo Memorial – de Embu das Artes, de São Paulo/SP, “lidar com o luto é doloroso e muitas pessoas têm grande dificuldade de seguir em frente. A experiência do processo de enlutamento é totalmente individual, sendo recomendável o acompanhamento psicológico com especialistas.” 

Um dos principais pontos nesse processo é reconhecer e aceitar todos os sentimentos. “Não evite a tristeza e a saudade durante o luto. Aceitar as emoções é essencial para lidar com elas de maneira saudável. Além disso, adaptar-se à vida sem a presença da pessoa que partiu é um processo contínuo, incluindo assumir novas funções na família. Permita-se sentir alegria e celebrar, pois isso não significa desrespeitar a memória do ente querido. É possível experimentar tristeza e alegria simultaneamente”, esclarece o psicólogo, ao observar também que “identificar os próprios limites emocionais é importante para evitar sobrecargas. Da mesma forma, observar sinais de estresse e fadiga emocional, como irritabilidade, exaustão ou tristeza constante.

Segundo ele, estabelecer limites claros ajuda a manter o bem-estar psicológico. Durante o processo, é indispensável também ter o autocuidado de comunicar as necessidades e sentimentos aos familiares e amigos, buscando apoio sempre que for necessário.

Como explica, “conversar sobre o luto com pessoas próximas pode ajudar a aliviar a dor, além de fortalecer os vínculos familiares e de amizades. Cada pessoa deve procurar e encontrar a abordagem que melhor funcione para ela, contando também com o auxílio de profissionais qualificados”.

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