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Manifesto da SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA PEDIÁTRICA (SBOP) alerta a Sociedade Civil contra violência infantil

O Portal Medicina e Saúde recebeu da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica –SBOP, o Manifesto abaixo, dirigido à Sociedade Civil. Trata-se de uma declaração pública da maior importância, que alerta para o “trauma não acidental” em crianças. O Manifesto é muito oportuno, nesse momento em que a população brasileira está perplexa com a recente morte do menino Henry, que sensibilizou a todos.

“Manifesto da SBOP:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA PEDIÁTRICA para a Sociedade Civil

A Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica- SBOP, através desta Nota, vem esclarecer alguns pontos que estão em evidência na nossa Sociedade.

O trauma “não acidental” é um tema de crescente reconhecimento e importância. A violência é um problema de saúde pública e tem um alto custo social, emocional e financeiro para a comunidade e para o país. O abuso infantil abrange várias formas de violência (física, sexual, emocional, negligência), e que, muitas vezes, podem ocorrer simultaneamente. Identificar os perigos do trauma “não acidental” e saber o que fazer na suspeita são as chaves para manter todas as crianças mais seguras.

Algumas situações ocorrem frequentemente nas crianças vítimas de traumas não acidentais e devem servir de alerta: sinais de alterações emocionais; dificuldade para dormir; lesões que não condizem com a história contada; hematomas e fraturas em diferentes estágios; fraturas em ossos longos em crianças antes da idade da marcha; lesões por queimaduras, dentre outras.

Todos os casos, mesmo aqueles que configuram apenas suspeitas, devem ser notificados ao Conselho Tutelar da região de moradia da vítima e, em caso de omissão, a notificação deverá ser feita à Vara da Infância e Juventude da região ou ao Ministério Público. Quanto mais precocemente for identificado e interrompido o ciclo de violência, mais eficiente será o tratamento da criança e da família envolvida.

Todas as crianças merecem ser ouvidas, protegidas e ajudadas.”

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