Manter-se ativo: benefícios após os 60 anos

Especialistas em longevidade compilam hábitos para envelhecimento saudável

Foto: Pixabay

 A elevação da expectativa de vida média e a diminuição da taxa de natalidade nos últimos anos fez com que a população brasileira com 60 anos ou mais quase duplicasse em comparação com os anos 2000. As Projeções da População, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, num período de 24 anos, a porcentagem de idosos subiu de 8,7% para 15,6% no país. Com isso, temos a oportunidade de repensar e redefinir o envelhecimento no Brasil. Ações que fomentam a independência da pessoa idosa são essenciais para o desenvolvimento cognitivo e social. Manter-se conectado com grupos de apoio, seja para trabalho, hobbies ou até mesmo familiares, fazem com que os idosos possam fortalecer vínculos sociais.

Conforme destaca o Dr. Raphael Kaeriyama, médico especializado em Medicina Preventiva e Social pela USP e Cofundador do espaço Nandarê/São Paulo/SP, “estudos demonstram que a participação em atividades que estimulam o cérebro e o envolvimento em redes sociais saudáveis ajudam a retardar o avanço de doenças neurodegenerativas e a melhorar o bem-estar geral. Nesse sentido, a abordagem holística, que considera corpo, mente e relações sociais, tem se mostrado fundamental para a promoção de uma saúde plena e integrada”.

Envelhecer não precisa significar isolamento – “A solidão é uma questão que transcende a ausência de companhia física. Trata-se de construir conexões significativas e redes de apoio”, ressalta a gerontóloga Valéria Lins, que promove iniciativas para combater essa realidade, apontando algumas delas:

Atividade física – De acordo também com o autor do livro A Trilha da Longevidade Brasileira, atividade física é uma das principais descobertas para alcançar a qualidade de vida após os 60 anos de idade.  Segundo Martin Henkel, repetir o estilo de vida de quem alcançou a vida longa, plena, saudável e feliz pode ser uma excelente ideia para quem tem 60 anos ou mais, especialmente para quem ainda está distante desta idade, e “quanto antes, melhor” destaca.

A mais longa pesquisa sobre longevidade da América Latina e que iniciou há 30 anos no Brasil, continua ativa e revelando descobertas. Conduzida pelo Instituto Moriguchi – Centro de Estudos do Envelhecimento, com sede em Veranópolis/RS, também conhecida como a Terra da longevidade, mapeou o que fazem e como vivem octogenários, nonagenários e centenários brasileiros identificando 21 atitudes diretamente ligadas à saúde, independência e longevidade.

Para Henkel, “a atividade física decorrente de trabalho doméstico, atividades orientadas ou trabalho como cuidar da horta, rachar lenha, caminhar em ambientes montanhosos e outras atividades que exigem esforço de moderado a intenso, é uma das principais descobertas para alcançar a qualidade de vida após os 60 anos de idade”.

A atividade física regular traz uma série de benefícios importantes para os idosos, acrescenta a Dra. Berenice Werle, colaboradora do livro A Trilha da Longevidade Brasileira. Entre eles, ela aponta:

Assim, mantenha-se ativo, principalmente após os 60 anos.

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