O cérebro humano
No dia 29 de maio foi celebrado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, doença crônica e autoimune que provoca lesões cerebrais e medular e acomete cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. Ainda não tem cura, mas tem sido objeto de estudo de diversos pesquisadores que buscam contribuir para a melhoria na qualidade de vida dos portadores.
A neurologista especialista em Esclerose e coordenadora do Centro de Tratamento em Esclerose Múltipla do Mater Dei (CTEM-MD), Juliana Santiago, explica que a doença existe porque o corpo confunde uma estrutura do sistema nervoso central com um agente externo, gerando assim uma inflamação em diferentes partes.
“Essa inflamação gera perda da mielina, uma camada de gordura que cobre os neurônios. É como se a fiação de uma casa, em que os fios são encapados para que a eletricidade passe com mais velocidade fossem desencapados: a energia não passa com a velocidade adequada e começa a falhar. Quando a Esclerose Múltipla atinge determinada parte do corpo é a mesma coisa, ela começa a falhar”, exemplifica.
A causa ainda é desconhecida, mas os médicos acreditam que seja provocada por diversos fatores, principalmente do encontro de uma predisposição genética com o ambiente em que o portador vive. “Existem estudos que apontam para gatilhos virais, outros relacionam a baixa exposição solar, mas ainda não existe um fator definido”, comenta.
Por ser uma doença rara e ainda pouco conhecida pela população e pelos próprios médicos, como conta o neurologista e também coordenador do Centro de Tratamento da Esclerose Múltipla, Henrique Freitas, o projeto, com atendimento no Mais Saúde Mater Dei, foi idealizado com o objetivo de promover rapidez, conforto e segurança no tratamento, principalmente em relação a infusão dos medicamentos. “Nosso objetivo é ter um atendimento com médicos especialistas para que o paciente tenha toda a garantia de segurança e cuidados adequados durante o tratamento”, explica.