Hábitos saudáveis e consultas de rotina proporcionam maior bem-estar e qualidade de vida
Foto: Freepik
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no Brasil é de 80,1 anos para as mulheres e de 73,1 anos para os homens, ou seja, mulheres brasileiras vivem, em média, 7 anos a mais do que os homens. Um dos principais motivos para que isso aconteça é a negligência dos homens em relação à própria saúde.
Nesse sentido, o clínico geral do Hapvida NotreDame Intermédica, Rogério Santiago, de Belém do Pará, faz um alerta sobre os cuidados com a saúde masculina. “Os diagnósticos de doenças nos homens geralmente demoram muito mais do que nas mulheres, pois elas procuram ter uma atenção maior com a própria saúde. Em relação aos homens vemos essa desatenção quanto a possíveis sintomas que possam sentir no dia a dia, um descaso que, na maioria das vezes, pode custar a própria vida do paciente”.
Para Rogério, o machismo ainda é um tabu a ser quebrado quando se trata de saúde masculina. “Há um preconceito, um senso comum de que o homem deve ser o provedor único e exclusivo de sua casa. Então, muitas vezes, ele vai se dispor a trabalhar além do seu limite para que essa imagem não seja alterada. Essa cultura machista apenas prejudica a saúde do homem e coloca em segundo plano momentos importantes com a família, onde a participação do pai é essencial. O compromisso paterno não se restringe apenas ao material, mas ao emocional também”, explica o médico.
Segundo o especialista, as principais doenças que afetam a saúde masculina são as cardiovasculares, como hipertensão, dislipidemias (excesso de gordura no sangue), e a síndrome metabólica, como diabetes. “São doenças de manejo simples, onde podem ser tratadas na atenção básica e, quando bem controladas, previnem diversas comorbidades. A questão é a falta de hábito por parte dos homens de manterem uma rotina de consultas médicas regulares e só procurarem ajuda quando os sintomas estão acentuados e mais graves, o que é extremamente perigoso”, alerta Rogério.
O médico recomenda a adoção de hábitos saudáveis e a prática de exercícios físicos na melhora da qualidade de vida. “Aqui no Pará, por exemplo, temos uma culinária que envolve a ingestão de farinha e comida salgada em excesso, o que prejudica o trato gastrointestinal. Assim, uma alimentação mais equilibrada com legumes, verduras e carnes brancas em geral vai melhorar muito a saúde como um todo. Além, é claro, da realização de check-ups na prevenção de doenças. Tudo isso contribui para uma vida mais longeva”, conclui.