Dr. Clóvis Klock: ¨quanto antes detectada qualquer alteração nas células, maiores são as chances de cura”.
Neste Mês Internacional da Mulher, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) alerta para a importância dos cuidados ginecológicos de rotina para evitar doenças que ameaçam a saúde feminina. Entre os exames preventivos, um dos prioritários é o Papanicolau. Batizado em homenagem ao patologista grego Geórgios Papanicolau, o método analisa as células do colo do útero para diagnosticar lesões ou alterações que podem indicar o HPV, o principal causador do câncer de colo de útero.
O Papanicolau é coletado por meio de uma “raspagem” da superfície externa e interna do colo uterino. As células raspadas são colocadas em uma lâmina. No laboratório, são coradas para permitir a análise pelo médico patologista das alterações microscópicas. O método possibilita diagnosticar precocemente alterações provocadas pelo HPV, que são precursoras do câncer de colo uterino.
“Quanto antes detectada qualquer alteração nas células, maiores são as chances de cura”, destaca o Dr. Clóvis Klock, presidente da SBP. “A identificação de lesões precursoras do câncer de colo uterino possibilita o tratamento de forma menos agressiva e previne o desenvolvimento do câncer no futuro”, explica o patologista.
O Papanicolau é ofertado pelo SUS e direcionado, de acordo com o Ministério da Saúde, a mulheres de 25 a 64 anos que já tiveram algum tipo de relação sexual. Além disso, o diagnóstico de HPV também pode ser feito por exames de biologia molecular, como a reação em cadeia da polimerase (PCR). Estes exames de biologia molecular, bem como o diagnóstico, possibilitam a identificação dos tipos virais, o que auxilia na determinação do melhor tratamento. No último dia 07 de março, foi anunciada a incorporação no SUS dos testes de PCR para HPV como método de rastreamento do câncer de colo uterino no país.