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Mês Mundial da Doença de Alzheimer

Neurologista alerta contra os preconceitos com a enfermidade, que afeta 1,2 milhão de brasileiros, e mostra que é necessário o conhecimento para cuidar bem de quem já cuidou de você.

Imagem: Freepik- Divulgação

Setembro foi instituído o mês dedicado à conscientização sobre o Alzheimer. Para isso, foi criado o Dia Nacional de Conscientização da Doença – 21 de setembro, como forma de divulgar a doença e quebrar preconceitos. Aquela figura forte paterna ou materna, ou até mesmo dos avós, pode se dissolver em apenas um diagnóstico. Porém, apesar de todo o temor que ronda uma doença crônica e incurável, mitigar os preconceitos é uma via importante e segura para que os familiares cuidem de quem já cuidou deles.

Mal de Alzheimer, parecia até uma assombração quando estigmatizada pelo próprio nome, e, inclusive, criava obstáculos para alcançar o tratamento adequado. Isso porque, além do impacto natural, o diagnóstico já carrega em si, sentença de morte em vida.

Segundo a neurologista Renata Faria Simm, coordenadora da área de Neurologia da Imuno Brasil, de São Paulo/SP, a informação derruba qualquer barreira e não deixa que sejam colocadas mais dificuldades e limitações aos portadores. Daí, a importância da campanha. E para promover o conhecimento neste mês importante de conscientização, a especialista traz algumas informações importantes para desestigmatizar, criar qualidade de vida proveniente da rede de apoio e garantir a integração do paciente à sociedade.

  • Sofrimento – Com a progressão da doença, o paciente sofre com as próprias limitações, esse fator traz angústia e diminui a busca pela ajuda necessária e até mesmo do diagnóstico.
  • Demência – Alzheimer está entre as mais comuns deste quadro, representando de 50% a 80% dos casos. Portanto, é necessário estar atento aos sinais.
  • Progressão – A enfermidade é neurodegenerativa, com perda progressiva de neurônios, levando à dificuldade de executar tarefas cotidianas, e este é o sinal mais claro.
  • Exclusão – Segundo a Organização Mundial de Saúde o preconceito pode fazer desses portadores, injustamente, os excluídos. Isso pode gerar sentimento de discriminação, vergonha, entre outras sensações que afastarão o sujeito de terapias que controlem a doença, pois quanto menos interação mais é notado o avanço da doença.

Portanto, acrescenta a médica, é necessário entender que “quanto mais estigmas, mais contribuímos na má qualidade de vida desses pacientes. Eles, em quadro depressivo de exclusão, criam dificuldades para o enfrentamento da doença, atrasam o diagnóstico e o início de tratamento e comprometem a participação em tarefas diárias por medo de serem julgados”.

Para a Dra. Renata, fica claro que o estigma deve ser banido da vida em torno de um paciente com a Doença de Alzheimer. Nesse sentido, observar os sinais é muito importante. Entre eles, a especialista cita:

  • Perda de memória recente.
  • Declínio na capacidade de planejamento, resolução de problemas ou realização de cálculos básicos.
  • Dificuldade nas tarefas diárias ou atividades de dominância da pessoa.
  • Desorientação de espaço e tempo.
  • Problemas na fala e falhas na percepção visual.
  • Perdas constantes de objetos e dificuldade para encontra-los.
  • Mudanças de humor, personalidade ou de comportamento.

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