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Muitas vezes associada a um problema típico do inverno, a dor de garganta pode aparecer em qualquer época do ano, inclusive nos dias mais quentes.
Essa condição, considerada comum pelos otorrinolaringologistas, pode ter vários fatores, como a circulação de vírus e questões ambientais, segundo a Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV).
A médica Karine Gonçalves, de Belo Horizonte/MG, da ABLV e da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), esclarece alguns mitos e verdades sobre a dor de garganta e dá orientações de cuidados.
Sorvete e líquidos gelados causam dor de garganta – Mito.
A ingestão de sorvete ou bebidas geladas não causa dor de garganta. No máximo um desconforto momentâneo para algumas pessoas, já que a temperatura não é fria o suficiente a ponto de machucar a mucosa. Em alguns casos, ela pode anestesiar o local e até ajudar no controle da dor.
Mudanças bruscas de temperatura podem provocar dor de garganta – Verdade.
Segundo a especialista, alterações repentinas da temperatura e umidade do ar são fatores ambientais que podem contribuir para dor de garganta. A exposição ao frio e seco pode irritar a mucosa da região, causando dor e desconforto.
Dor de garganta é geralmente causada por infecções virais – Verdade.
Vírus como o da gripe, Covid-19 e resfriado são causas recorrentes de dor de garganta e também podem ocorrer no verão.
O ar-condicionado pode causar dor de garganta – Verdade.
A exposição ao ar frio e seco do aparelho contribui para o surgimento da dor da garganta, pois afeta a mucosa das vias respiratórias, provocando a sua desidratação. Uma dica é não manter o ar em temperatura muito baixa e, se possível, usar um umidificador no ambiente.
Hidratação ajuda na prevenção – Verdade.
Beber bastante água tem o poder de manter a mucosa das vias respiratórias hidratadas, reduzindo o risco de irritação e inflamação.
Como tratar – Existem várias formas de tratamento para a dor de garganta. Elas variam conforme a causa. Entre as opções terapêuticas estão gargarejos, repouso vocal, o uso de pastilhas e medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, por exemplo.
“Em casos de dor de garganta persistente por mais de 7 dias, ou acompanhada de outros sintomas, como febre alta ou manchas pelo corpo, é importante consultar um médico, pois ele poderá identificar a causa e prescrever a melhor forma de tratamento”, orienta a especialista.