Especialista reforça a importância da Campanha Novembro Azul e chama a atenção para os exames preventivos
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) destacam que 65.840 novos de câncer de próstata foram detectados no Brasil em 2020. Desse montante, cerca de 25% dos pacientes ainda morrem devido à doença, principalmente em virtude de um diagnóstico tardio, e, aproximadamente, 20% ainda são identificados em estágios avançados. Por isso, é necessário cada vez mais alertar a população masculina sobre o câncer de próstata e também sobre a importância da adoção de um estilo de vida mais saudável.
Para o urologista e cooperado da Unimed-BH, Eyder Leite Ferreira, a campanha Novembro Azul, antes focada somente na prevenção do câncer de próstata, hoje tem um papel fundamental de disseminar informações sobre a saúde do homem como um todo. “O público masculino tem menos hábito de ir ao médico de maneira preventiva. Mas ele deve pensar em sua saúde de modo geral e ter uma vida saudável para que envelheça bem”, informa.
Conforme o médico explica, “desde a adolescência, deve-se cuidar e ter boas práticas de saúde. A promoção da saúde como um todo faz parte do processo de construção de vida de qualquer pessoa. Além de bons hábitos, é importante estar atendo ao histórico familiar de doenças, como as cardiovasculares, diabetes e hipertensão, por exemplo. Isso fará com que o indivíduo envelheça com uma saúde de ferro!” Para adquirir um hábito de vida mais saudável, o especialista orienta seus pacientes a ingerir alimentos com menos gorduras; evitar o tabagismo; evitar o alcoolismo; manter níveis de vitamina D em parâmetros normais, praticar atividade física e ter uma vida sexual ativa e saudável.
Campanha reforça a prevenção – Em relação ao câncer de próstata, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens com idade superior aos 50 anos de idade realizem o Antígeno Prostático Específico (PSA) e o exame do toque retal anualmente. Nesse sentido, o Dr. Eyder Leite dá algumas orientações de quando é recomendável fazer os exames. “Como é uma doença muito comum, a orientação é que, a partir dos 50 anos, todo homem procure o seu médico de referência para que seja avaliado e discutido os potenciais benefícios do rastreamento do câncer de próstata. Já, no caso de homens que têm histórico familiar de primeiro grau com câncer de próstata antes dos 65 anos, ou são afrodescendentes, a consulta para o rastreamento deve ser a partir dos 40 ou 45 anos”, alerta.