O calendário de vacinas de seu filho está em dia?

 Enfermeira especializada em vacinação, Elisa Lino: “a regra geral é simples: a vacinação deve ser retomada de onde parou, sem a necessidade de reiniciar o esquema vacinal completo”

Foto-crédito: Henrique Oliveira

É comum que, em meio à rotina corrida de muitas famílias, a vacinação dos filhos acabe sendo adiada. Datas passam despercebidas, surgem imprevistos ou até dúvidas sobre os prazos ideais de cada dose. Mas afinal, o que fazer quando há atraso no calendário vacinal infantil? A boa notícia é que, em quase todos os casos, é possível, e necessário, colocar as vacinas em dia, garantindo a proteção da criança contra diversas doenças. O mais importante é não desistir e procurar orientação o quanto antes.

Segundo a enfermeira Elisa Lino, especialista em vacinação da Clínica Vacinne, de Curitiba/PR, o primeiro passo é não se desesperar, já que vacinas atrasadas não anulam a eficácia das doses anteriores. “A regra geral é simples: a vacinação deve ser retomada de onde parou, sem a necessidade de reiniciar o esquema vacinal completo. Os postos de saúde e clínicas privadas estão preparados para analisar a caderneta de vacinação e oferecer o melhor plano de atualização, conforme a idade da criança e os imunizantes já aplicados”, afirma.

Desmistificando o atraso – Elisa destaca que não existe um “prazo máximo” rígido para muitas vacinas, mas o ideal é retomar o quanto antes para evitar exposição prolongada a doenças potencialmente graves, como sarampo, coqueluche, meningite e poliomielite. “Cada dose tem um intervalo mínimo e máximo seguro. Em caso de dúvida, é fundamental buscar orientação profissional para garantir que a imunização seja eficaz e segura. O importante é entender que o sistema de vacinação é flexível e está preparado para lidar com esses intervalos, permitindo que a proteção seja retomada de forma segura e eficaz, sem necessidade de recomeçar do zero”, observa a enfermeira.

Outro ponto que a especialista ressalta é que os pais não devem se sentir culpados. “O atraso acontece, e nosso papel é acolher e orientar. Com um bom planejamento e orientação técnica, a carteirinha pode ser atualizada sem prejuízo à saúde da criança”, afirma Elisa. A profissional também lembra que, além das vacinas obrigatórias do Programa Nacional de Imunizações (PNI), existem vacinas recomendadas que podem ser incluídas conforme a faixa etária, estilo de vida e riscos de exposição da criança.

Dicas para regularizar a vacinação

1 – Reveja a carteirinha de vacinação com um profissional: leve o documento a um posto de saúde ou clínica especializada para avaliação e montagem de um cronograma de atualização.

2 – Evite automedicação ou decisão sem consulta profissional: a ordem e os intervalos entre as doses são importantes e devem ser respeitados.

3 – Aproveite campanhas de vacinação: durante as campanhas, é possível ter acesso a vacinas com maior facilidade e apoio da equipe de saúde.

4 – Crie lembretes e alertas no celular: para evitar novos atrasos, use aplicativos ou calendários com notificações personalizadas.

5 – Informe-se sobre vacinas recomendadas além do PNI: a imunização pode ser complementada com vacinas disponíveis na rede privada, como a contra meningite B, HPV em meninos, entre outras.

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