De acordo com o psicólogo Filipe Colombini, a agressividade infantil pode ser considerada relativamente normal, já que as crianças ainda não têm a capacidade de autocontrole desenvolvida.
A infância é um período de descobertas e novas experiências, sendo que, quando a criança começa a ter comportamentos agressivos, isso se torna motivo de muita frustração para os pais. “É importante entender que emoções aparentemente negativas, como a raiva, também são sentimentos e, portanto, são completamente naturais”, afirma Filipe Colombini, psicólogo e fundador da Equipe A, de São Paulo/SP. “No contexto da agressividade infantil, os adultos precisam tomar cuidado para não reagir mal a esses sentimentos”, aconselha o orientador parental.
Para as crianças, a agressividade pode se revelar de diferentes formas, a depender do contexto familiar e da fase de desenvolvimento. “Existem comportamentos agressivos externalizantes, como xingamento e agressões, ou internalizantes, que se resumem a isolamento e tristeza”, explica o especialista. “Ações externalizantes são mais comuns; porém, em ambientes muito punitivos é habitual o sentimento se internalizar, o que dificulta o diagnóstico e tratamento dos pequenos”, observa o psicólogo.
De acordo com Filipe Colombini, a agressividade infantil pode ser considerada relativamente normal, já que as crianças ainda não têm a capacidade de autocontrole desenvolvida. Ela se torna um problema sério, no entanto, quando os adultos respondem ao sentimento negativo dos pequenos de forma ainda mais belicosa, com dureza e cólera, criando um ciclo vicioso que traz prejuízos para todo o círculo familiar. Nesse sentido, “os pais precisam ter uma postura acolhedora e aberta para entender os motivos da irritação do filho. É fundamental dialogar e ensinar a criança a identificar e lidar com seus próprios impulsos de maneira saudável”.
“Outro ponto importante é não expor o pequeno a ambientes e situações violentas, evitando que ele aprenda, de forma errônea, que a agressividade é uma maneira aceita e correta de se lidar com certas situações”, acrescenta o orientador parental, destacando que, caso os pais sintam que a criança necessita de apoio para enfrentar o problema, é importante buscarem ajuda de psicólogo ou psiquiatra. “A orientação parental, nesses casos, também pode ajuda-los bastante a lidarem com a situação”, completa.