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A ONG paulistana Zoé termina o ano de 2025, celebrando o crescimento exponencial da instituição, que leva saúde especializada para regiões do estado do Pará – as comunidades ribeirinhas e indígenas de Belterra, Aveiro, Oeste de Santarém e Óbidos. Também atende a comunidade indígena Zoé, que vive no norte do Pará, em uma área de densa floresta, na região entre os rios Cuminapanema e Erepecuru. São povos de contato recente e que inspiraram o nome da ONG.
De janeiro a novembro de 2025, foram 7.861 atendimentos. Ainda este ano haverá duas expedições entre os dias 28 de novembro e 6 de dezembro: uma em Belterra, e outra – na comunidade dos Zo’e . A previsão é de cerca de 1.500 atendimentos. Com isso, a ONG Zoé praticamente dobra o número de atendimentos em 2025 comparado a 2024.
Ao longo deste ano, entre os procedimentos e consultas proporcionados pela ONG Zoé às comunidades estão: cirurgias de hérnia, vesícula e ginecológicas; exames de imagem, como colonoscopias, ultrassons, endoscopias digestivas alta e raios-x. Esse total também inclui consultas de diversas especialidades, como clínica geral, dermatologia, fisioterapia, fonoaudiologia, geriatria, ginecologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, pediatria, pneumologista, psicologia e psiquiatria. Desse grupo de especialidades, a fisiatria, a oftalmologia e a otorrinolaringologia foram implementadas em 2025. Outra novidade foi a doação de óculos.
“O crescimento de nossa ONG foi impulsionado, principalmente, pelo engajamento de voluntários e doadores”, afirma o presidente da entidade, o médico cirurgião Marcelo Averbach. A captação de recursos em 2025 foi 91,6% maior que a de 2024. A instituição conta com 400 voluntários ativos, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, profissionais de comunicação, marketing e logística.
Ensino e pesquisa – Além da assistência à saúde, a Zoé atua em ensino e pesquisa. Nessa área os destaques foram as parcerias fechadas com a Bandeira Paulista e a Liga Cirúrgica da Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Medicina Sírio-Libanês e a Faculdade Nova York. “Graduandos e residentes dessas instituições participam de nossas expedições. Eles têm contato com uma realidade muito diferente da que estão acostumados e, ainda, aprendem com médicos mais experientes. A possibilidade dessa vivência singular contribui muito para a formação desses estudantes de medicina”, afirma o presidente da entidade, observando que, para atendimento aos Zoé, além da Fundação Dieter Morszeck, a ONG mantém parceria com a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI).
Fechando o ano – Duas expedições, com início simultâneo, acontecem a partir de 28 de dezembro, com cerca de 40 profissionais de saúde. Eles chegam no aeroporto de Santarém e quatro deles – dois cirurgiões e um anestesista, acompanhados por um médico da Fundação Dieter Morszeck – embarcam em uma aeronave de pequeno porte, rumo à comunidade dos indígenas Zoé. Cerca de uma hora e meia de voo depois, chegam à comunidade, onde permanecem três dias. Nesse período, serão realizadas quatro cirurgias laparoscópicas de vesícula
“Retirar os indígenas de sua comunidade para um hospital em Santarém seria um choque cultural muito grande, além da exposição a doenças para as quais seu organismo não tem defesa. Por essa, razão, a melhor solução é levar todo o material necessário, inclusive, um carrinho de anestesia, para fazer as cirurgias na comunidade,” explica Averbach. Só neste ano, foram três expedições da Zoé a essa comunidade.
O restante da equipe vai para o Hospital Municipal de Belterra, para uma expedição cirúrgica de vesícula, hérnia, ginecológica e oftalmológica, além de exames de imagem e atendimento de várias especialidades. Essa equipe retorna a São Paulo (SP) nos dias 6 e 7 de dezembro. Estão previstos 1.500 atendimentos.
Ong Zoé – A entidade foi fundada em São Paulo (SP), no final de 2019, com o propósito de levar assistência médica especializada às comunidades ribeirinhas de Belterra, Aveiro e Oeste de Santarém, no Pará. Posteriormente, adicionou Óbidos, no norte do Pará, à sua área de atuação. O grupo de fundadores é formado predominantemente por médicos com histórico pessoal de atendimento a populações da Amazônia.
Desde sua criação até novembro de 2025 foram 40 expedições em sua região de atuação, no Pará. Com as expedições de dezembro serão 42. Até novembro foram, foram 20.713 atendimentos, realizados por 373 voluntários.
