Principais mitos e verdades sobre o HPV

Imagem: Freepik

HPV (Papilomavírus humano) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais frequentes no mundo, podendo atingir mulheres em diferentes fases da vida. Apesar de sua alta prevalência, ainda existem muitas dúvidas que podem dificultar a prevenção e o tratamento adequado.

De acordo com a ginecologista Márcia Fuzaro, doutora em Tocoginecologia e presidente da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia – ABPTGIC, “um dos maiores equívocos é acreditar que o HPV sempre causa câncer. Na realidade, existem mais de 200 tipos do vírus e apenas alguns deles estão associados ao risco oncológico. A maioria das infecções é transitória e pode ser eliminada pelo próprio organismo”.

Entre os principais mitos e verdades, aponta a médica, estão: 

HPV sempre apresenta sintomas: MITO

A Verdade – Muitas mulheres podem estar infectadas sem apresentar sinais, sendo o exame ginecológico e a coleta do teste DNA HPV, fundamentais para identificação precoce.

A vacina é indicada apenas para adolescentes: MITO

A Verdade – A imunização pode beneficiar também mulheres adultas, pela bula até 45 anos, reduzindo o risco de infecções persistentes.

Uso de preservativo elimina totalmente o risco: MITO

A Verdade – O preservativo reduz a chance de transmissão, mas não elimina por completo, já que o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pela camisinha. 

HPV é sinônimo de câncer: Mito

A Verdade – Apenas alguns tipos do vírus estão relacionados ao câncer de colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta. A maior parte das infecções é de baixo risco e tende a desaparecer espontaneamente.

Se não tenho sintomas, não preciso me preocupar: Mito 

A Verdade – O HPV pode permanecer silencioso por anos e, mesmo sem sintomas, causar alterações nas células do colo do útero. Por isso, exames periódicos são indispensáveis.

Homens não precisam se vacinar: Mito

A Verdade – A vacinação também é recomendada para meninos e homens, já que eles podem ser transmissores do vírus e desenvolver também lesões ou câncer relacionados ao HPV.

Para o Dr. Caetano Cardial, cirurgião oncológico e mastologista, a informação correta é uma grande aliada da saúde feminina. “Quando falamos em HPV, falamos de prevenção, rastreamento e acompanhamento. Exames periódicos, como o papanicolau e a colposcopia, associados à vacinação, são fundamentais para reduzir o impacto do vírus na saúde das mulheres”, completa. 

Referência em saúde feminina, a Dra. Márcia e o Dr. Caetano reforçam a importância do acesso à informação e ao diagnóstico precoce para que, assim, os pacientes possam ter um tratamento adequado, mais chances de sucesso terapêutico e qualidade de vida durante todo o cuidado. 

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