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Queda nos termômetros chama atenção para aumento de doenças respiratórias

Dr. Carlos Starling: “dois grupos enfrentam perigos acentuados quando o assunto é infecções virais: crianças e idosos”

O frio chegou. Além das cobertas, agasalhos mais reforçados e bebidas quentes, chega também o momento de redobrar a atenção com a saúde. As mudanças na temperatura contribuem para a proliferação de algumas doenças, como resfriado, rinite, sinusite, otite (inflamação dos ouvidos), amigdalite, além de asma e pneumonia. 

De acordo com o médico infectologista e epidemiologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Carlos Starling, de Belo Horizonte/MG, dois grupos enfrentam perigos acentuados quando o assunto é infecções virais: crianças e idosos. Para o primeiro grupo, vale uma atenção diferenciada para o vírus sincicial respiratório (VSR), que causa infecções graves, especialmente em crianças com menos de 2 anos. “Nesses casos, o maior sinal de alerta para pais e mães, além de sintomas típicos da gripe, é a dificuldade respiratória nos pequenos.  São pacientes ainda muito sensíveis que podem vir a enfrentar a necessidade de internação hospitalar e também de terapia intensiva”, afirma Starling. 

Já no caso de pessoas com mais de 60 anos, os vírus da influenza e da covid-19 não devem ser subestimados. A chegada do tempo seco e o frio estimulam o acometimento por essas doenças e podem gerar sintomas ainda menosprezados, como alteração no estado de consciência e diminuição no volume urinário. Para o infectologista, a procura por atendimento médico deve sempre ocorrer “o mais precocemente possível”. Ele completa as recomendações dando destaque maior à vacinação. “Esta é certamente a principal estratégia de prevenção”, alerta.

Carlos Starling, que atualmente coordena o Serviço de Controle de Infecções Hospitalares do Hospital Vera Cruz, localizado na capital mineira, enfatiza a necessidade de manter as boas práticas que foram instituídas no período da pandemia e seguem valendo ao longo de todos os meses do ano: “Lavar as mãos, ter etiqueta ao tossir e espirrar e usar máscaras em ambientes de maior risco”.

Outro ponto importante é a conscientização da população para os perigos que vão além do vírus. “As infecções virais são capazes de lesionar o trato respiratório, abrindo espaço também para infecções bacterianas, especialmente por pneumococo, que pode gerar, desde uma sinusite, até tipos mais graves de pneumonia”, ressalta.

Para atender o aumento da demanda nessa época, o médico conta que o Hospital Vera Cruz/BH reforçou suas equipes de atendimento emergencial, especialmente no Pronto Atendimento, incluindo equipes de Pediatria e Terapia Intensiva tanto para adultos quanto para crianças. Conforme destaca, “as equipes estão bem compostas e capacitadas para lidar com o aumento da demanda nesta época do ano. Há ainda uma orientação contínua tanto para os pacientes quanto para os funcionários, garantindo uma constante atenção

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