O ginecologista Walter Pace: “existem situações ginecológicas em que a paciente deve procurar atendimento médico, resguardadas as medidas de prevenção ao coronavírus”.
A pandemia do coronavírus é um momento grave para a saúde da população. O medo da contaminação pelo vírus afasta alguns pacientes dos consultórios. Por outro lado, existem situações que são inadiáveis e que, não havendo a consulta, podem ter como consequência problemas sérios para a saúde de muitos pacientes. O alerta é do Dr. Walter Pace, Professor Doutor Adjunto de Ginecologia e Coordenador Geral da Pós Graduação em Ginecologia Minimamente Invasiva da Faculdade de Ciências Médicas. Ele é também membro titular da Titular da Academia Mineira de Medicina.
Segundo informa, “o enfoque que se tem dado ao coronavírus não extinguiu a existência de outros tipos de doenças que necessitam de uma avaliação médica presencial. Na área de Ginecologia, por exemplo, a conversa com a paciente – o recurso possível nas consultas online por telemedicina, não é suficiente para fazer um diagnóstico preciso. Além da anamnese e do exame físico, é necessário solicitar exames complementares antes de dar início ao tratamento, por mais simples que seja ou pareça”.
Nesse sentido, ressalta, “apesar da priorização do isolamento social, o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) reconhece a importância do exame presencial e recomenda que pacientes em tratamento, cuja avaliação médica seja necessária, devem ter suas consultas mantidas a critério médico”.
Acrescenta ainda que, “como ginecologista, tenho a convicção de que, nos tempos difíceis de isolamento social que vivemos, o organismo feminino tem respostas psíquicas e hormonais que acarretam adiantamento ou atrasos menstruais e hemorragias, entre outros problemas de saúde para os quais o atendimento presencial é fundamental”.
Da mesma forma, a ocorrência de doenças do trato genital, como candidíase e herpes, também está relacionada a esses momentos, onde a baixa imunidade do organismo se soma a cargas de ansiedade, depressão e estresse. Também nesses casos, o exame físico é necessário para prescrever algum tratamento.
“Essa recomendação é ainda mais importante para as pacientes que estão em tratamento da endometriose, miomatose, câncer e infecções, entre outras doenças ginecológicas, para os quais o acompanhamento médico constante é imprescindível, visto que a piora dos sintomas pode gerar quadros de urgência em poucos dias”, acrescenta, chamando atenção para a mulher prestar sempre atenção a sua saúde.
Em caso de hemorragias, dores iniciais ou agravamento desses sintomas e situações ginecológicas, destaca: “é importante que a paciente procure atendimento médico, resguardadas as medidas de prevenção ao coronavírus”.
Esse alerta, concluí, “é fundamental para que não tenhamos situações complicadas de saúde que afetarão seriamente a vida de muitas pacientes e, passados meses, teremos quadros muito mais complexos. Nesse momento, atenção redobrada à saúde é da maior importância”.
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