Saúde & negócios/ Luiz Francisco Corrêa  

Empregos formais na cadeia produtiva da saúde voltam a crescer no País

As oportunidades de empregos formais na cadeia produtiva da saúde voltaram a crescer no País, após período de ligeira queda. Nos últimos três meses, encerrados em maio deste ano, o número de pessoas empregadas no setor atingiu a marca de 4,8 milhões – crescimento de 0,9% em relação fevereiro. As informações são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde nº 64, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O estudo considera os setores público, privado e empregos diretos e indiretos sendo que, do total de vínculos na cadeia, 3,9 milhões (80%) pertencem ao setor privado com carteira assinada. Na mesma comparação trimestral, o mercado de trabalho da economia teve registro de alta (1,3%). 

Metade das oportunidades geradas no setor, 2,4 milhões de vínculos, se concentra no Sudeste. As regiões que mais cresceram, no entanto, levando-se em conta a variação percentual do trimestre, foram Norte (1,6%), seguida pelo Centro-Oeste (1,4%), Sul (1,3%) e Sudeste (0,8%). O Nordeste se manteve estável. 


Healtech de Portugal expande operação no Brasil

Fundada em Portugal, em 2021, a startup MyCareforce acaba de levantar €1,2 milhões – cerca de R$ 6,3 milhões – em uma rodada de investimento liderada por Shilling, Portugal Ventures, Demium e investidores-anjo como Humberto Ayres Pereira, que faz parte do Accel Starter Programme, e Vasco Lopes da Silva. Com o aporte, a empresa irá focar na internacionalização da operação no mercado brasileiro, visando ser uma plataforma que permite a contratação simples e prática de profissionais de enfermagem – por hospitais, clínicas, laboratórios e residencial senior. Com isso, consegue endereçar um dos principais problemas da área: captar trabalhadores para preenchimento de escalas e plantões. 

A MyCareforce foi idealizada pelos economistas portugueses Pedro Cruz Morais e João Hugo Silva, após identificarem a falta de organização e previsibilidade na contratação de profissionais da área,  onde muitas vezes não era compatível com uma rotina saudável e de bem-estar. “Entendemos a oportunidade de mercado quando analisamos os plantões excessivos e a burocracia, e no Brasil não se difere. Nossa maior missão é trazer acessibilidade, flexibilidade e praticidade para todos”, explica João Hugo Silva, cofundador e coCEO.

A startup já conta com 12,5 mil enfermeiros, 1000 técnicos auxiliares de saúde e mais de 150 empresas clientes somente em Portugal. No Brasil, a MyCareforce expandirá primeiro para a cidade de São Paulo, com o objetivo de chegar a 30 mil enfermeiros inscritos na plataforma e 70 mil horas trabalhadas até o final do ano. Em 2022, teve um faturamento de 930.000€ de volume transacionado, com uma previsão de crescimento de 300% para 2023. A expectativa é de que, em 5 anos, a operação brasileira represente 80% de toda a receita da startup.

Farmacêutica promove reinserção de detentos no mercado de trabalho

Criado em 2010, o Projeto Recomeçar da Prati-Donaduzzi iniciou atendendo 80 mulheres. Em 13 anos, foram realizados mais de 23 mil atendimentos a pessoas privadas de liberdade de ambos os sexos em Toledo/Paraná. As oficinas abordam temas relacionados a competências comportamentais, informações sobre saúde e qualidade de vida. “O projeto nasceu com o objetivo de reinserção no mercado de trabalho e ressocialização na comunidade. O ambiente prisional é um lugar de muita tensão e a saúde mental fica abalada. Por isso, focamos em levar qualidade de vida para dentro do sistema prisional”, explica a supervisora de Responsabilidade Social da Prati-Donaduzzi, Maria Rita Pozzebon.

Além das oficinas realizadas às quartas-feiras, a farmacêutica também dá oportunidades de trabalho aos detentos por meio do Projeto Colméia. Atualmente, sete deles trabalham seis horas por dia fazendo as embalagens usadas para o transporte de medicamentos. Em troca, eles recebem benefícios como redução da pena prevista na Lei de Execução Penal (três dias trabalhados significam um dia a menos de pena), além do pagamento do pecúlio. O valor é inferior ao salário mínimo, com uma parte depositada para a família do detento e a outra fica com o Depen para ser entregue assim que o alvará de soltura for emitido.  

Santa Casa de Porto Alegre em pleno vapor

A partir do dia 19 de outubro, a Santa Casa de Porto Alegre passa a oferecer aos seus pacientes e familiares novos e modernos espaços de convivência e de circulação entre os hospitais que integram o complexo, reconfigurando importantes acessos internos.  A principal via interna da Santa Casa está sendo inteiramente transformada e será coberta por uma imensa estrutura de 4 mil metros quadrados, que conta com 420 toneladas de aço e 1,6 mil placas de vidro, prometendo ser um verdadeiro marco arquitetônico para a cidade de Porto Alegre. Além de toda a modernidade arquitetônica, o projeto ainda trará importantes melhorias para a circulação de mais de 25 mil pessoas que transitam diariamente na instituição. A rua também se soma às novas passarelas da instituição, com mais de 2 mil metros quadrados, interligando as suas oito unidades hospitalares. Com as novas estruturas, os acessos aos hospitais ganham em segurança, acessibilidade e conforto, em um ambiente acolhedor e com a proteção necessária para os dias de chuva. 

Sandoz investe em biossimilares na Eslovênia

A Sandoz, empresa global em medicamentos genéricos e biossimilares, anunciou um investimento de aproximadamente US$ 90 milhões em sua unidade de Liubliana, na Eslovênia, para estabelecer um Centro de Desenvolvimento Biofarmacêutico próprio até 2026. Com esse investimento, a fábrica de Liubliana se tornará um dos principais locais para o desenvolvimento de biossimilares da Sandoz. O novo projeto levará à criação de aproximadamente 200 novos empregos em tempo integral e fortalecerá ainda mais a capacidade da empresa no desenvolvimento completo de substâncias e produtos farmacêuticos e de biossimilares.

O investimento planejado complementa os planos recentemente anunciados pela Sandoz de investir pelo menos US$ 400 milhões em uma nova fábrica de produtos biológicos em Lendava, na Eslovênia, além de expandir a capacidade de desenvolvimento de biossimilares em suas instalações em Holzkirchen, na Alemanha. Também se baseia nas instalações existentes para desenvolvimento de produtos de moléculas pequenas, em Liubliana, onde a Sandoz estabeleceu com sucesso o desenvolvimento de produtos farmacêuticos genéricos tecnologicamente complexos.

De acordo com a Diretora Científica da Sandoz, Claire D’Abreu Hayling, “o novo Centro em Liubliana ajudará a Sandoz a atender à crescente demanda global por biossimilares e a fazer uma contribuição ainda mais significativa para a viabilidade de longo prazo dos sistemas de saúde em todo o mundo”.

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